tag:blogger.com,1999:blog-29302512946536315722024-03-13T14:57:32.920-07:00OrfiárioAnonymoushttp://www.blogger.com/profile/04941813011681113164noreply@blogger.comBlogger32125tag:blogger.com,1999:blog-2930251294653631572.post-48483161085744185362013-11-29T02:28:00.000-08:002013-11-29T02:30:09.231-08:00Caladmor - Of Stones And Stars<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDsAOJsuexZ9vbZzYWJtkmsQHBcqrYoUn8tdzIbmoEyyFIUy5Cd4_REvec1iczGThSWdkndkjT1RfZOgRemxzyuEEZ-dMW9VkBH84sHiTcFOgDWr1v8nRX8cIQYIwobfE6uYk30CWWfKd-/s1600/caladmor-Of-Stones-And-Stars-Cover-Artwork.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDsAOJsuexZ9vbZzYWJtkmsQHBcqrYoUn8tdzIbmoEyyFIUy5Cd4_REvec1iczGThSWdkndkjT1RfZOgRemxzyuEEZ-dMW9VkBH84sHiTcFOgDWr1v8nRX8cIQYIwobfE6uYk30CWWfKd-/s400/caladmor-Of-Stones-And-Stars-Cover-Artwork.jpg" width="400" /></a></div>
<span style="line-height: 1.22;"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></span><br />
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<span style="line-height: 1.22;"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>CALADMOR<br /><em>OF STONES AND STARS</em></strong></span></span></div>
<span style="line-height: 1.22;"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">
</span></span><div style="border-image: none; border: currentColor;">
<span style="line-height: 1.22;"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Publicado em </span><a href="http://www.rocknheavy.com/álbuns/caladmor-of-stones-and-stars" target="_blank"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="color: #1e78d8;">Rock n'Heavy</span></span></a></span></span></div>
<span style="line-height: 1.22;"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">
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<span style="line-height: 1.22;"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></span> </div>
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<span style="line-height: 1.22;"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></span> </div>
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<span style="line-height: 1.22;"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></span> </div>
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<span style="line-height: 1.22;"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></span> </div>
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<span style="line-height: 1.22;"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 1.22;"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Dos cumes helvéticos bradam os <b>Caladmor</b>, banda que pratica um Folk/Metal digno de audição atenta. Fundada em 2001, quando ainda dava pelo nome de <b>Pale</b>, esta banda suíça conta com <b>Barbara Brawand </b>("Babs"), Nick Muller, Markus Sauter e Martin “Maede” Baumann.</span></span></div>
<div class="yui-wk-div" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 1.22;"><br /><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Antes de mais há que notar que a música dos <b>Caladmor</b> é revigorante e plena de energias positivas, evolando a partir de uma matriz pagã ancestral. Facto que cria um certo paradoxo com o nome<b> "Caladmor"</b> (luz negra), porque o Metal que estes músicos oferecem é épico, luminoso e dionisíaco. Na verdade, a banda define concretamente as fronteiras da música que pratica, designando-a como “Caladmorian Epic Folk Metal”.</span></span><br />
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<div class="yui-wk-div" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 1.22;"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Lançado a 30 de agosto de 2013, “<b>Of Stones And Stars</b>” sucede ao álbum de estreia “<b>Midwinter</b>” (2010) e demonstra que a banda evolui na senda do Folk, Gothic, Viking e Death Metal, mas seguindo um caminho bastante genuíno e aliciante, até porque, quando ouvimos as novas músicas, não podemos deixar de assinalar que a banda prima pela diversidade, procurando reinventar fórmulas e oferecer uma experiência Folk com matizes contrastantes, sendo que para isso recorre, linguisticamente, a uma panóplia de registos que passam pelo inglês, alemão e pelo ancestral dialeto nórdico.</span></span><br />
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<div class="yui-wk-div" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 1.22;"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">A evolução em relação ao disco de estreia é significativa, na medida em que o som da banda está mais pesado, rápido, épico e agressivo ao nível das guitarras, sendo particularmente significativa ao nível dos vocais femininos.</span></span><br />
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<div class="yui-wk-div" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 1.22;"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>Of Stones and Stars</b> é uma opus em torno dos axiomas fundamentais: “conhecimento” e “sabedoria”; inspirada em referências mitológicas evidentes logo que escutamos o tema de abertura “<b>Curse Of The Gods</b>”, inspirado na “Odisseia” de Homero, o poema épico que narra as aventuras e desventuras de Ulisses. O tom épico leva-nos a um horizonte de referências que inclui alguns dos expoentes do Viking Metal, nomeadamente, Ensiferum. Os riffs pesados e eloquentes, uma prestação vocal admirável de Babs e a intensa cavalgada rítmica devidamente alicerçada num refrão particularmente memorável são os expoentes desta música.</span></span><br />
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<div class="yui-wk-div" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 1.22;"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">O gutural de Maede ganha destaque na segunda, “<b>The Raid</b>”, um tema de contornos marciais que remete para as incursões dos “Homens do Norte” e que não estranharíamos encontrar na banda sonora de uma série televisiva ao estilo de “Vikings”. De referir, a qualidade lírica, nomeadamente, ao nível do refrão, facto que será recorrente ao longo do álbum e também evidente no tema título “<b>Of Stones and Stars</b>”.</span></span><br />
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<div class="yui-wk-div" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 1.22;"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Enquanto nos encaminhamos para o seu núcleo, surgem as pérolas do álbum. Primeiro, “<b>Dawn Of The Deceiver</b>” surpreende por completo ao apresentar vocais limpos. De realçar também o piscar de olhos aos Eluveitie, facto ainda mais evidente pela participação especial de Chrigel Glanzmann na gaita de foles irlandesa. Mas há ainda Joel Gillardi (The Land Of The Snow, Lunatic Fringe, Mulo Muto) na guitarra solo, contribuindo para uma ainda mais intensa densidade melódica do tema. <br /><br />Depois, “<b>Alvissmál</b>” (a narrativa de Alvíss que tem de provar a sua sabedoria ao deus Thor), exemplo daquilo que mais apreciamos numa verdadeira composição Folk/Metal (juntamente com “<b>Heralds Of Doom</b>” um dos temas mais negros e puramente Metal do álbum, sendo que este conta novamente com Chrigel Glanzmann na gaita de foles). Um canto ancestral nórdico com lírica extraída dos “Edda” islandeses do século XIII (adaptado ao universo Metal) pleno de dicotomias delicodoces/agressivas. A natureza expressiva e a maviosidade do canto de Babs (aliada aos duetos irrepreensíveis) volta a somar pontos e a amplitude melódica do tema e os seus contrastes, fazem de “<b>Alvissmál</b>”, uma das melhores composições de <b>Of Stones and Stars</b>.</span></span><br />
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<div class="yui-wk-div" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 1.22;"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Ainda no âmago do álbum escutamos a balada etérea “<b>Laudine's Lament</b>” (extraída do romance de cavalaria do séc. XII, “Iwein”, de Hartmann von Aue), momento para nos deleitarmos com a voz de “Babs”.</span></span><br />
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<div class="yui-wk-div" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 1.22;"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Inspirada nas referências míticas a Yggdrasil, “<b>Mimirs Born</b>” reforça ainda mais os nexos literários deste álbum, visto que recorre, liricamente, à poesia de A. Kaiser-Langerhanß.</span></span><br />
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<div class="yui-wk-div" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 1.22;"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">A “<b>Nymph's Lure</b>” abre com riffs de guitarra com afinações reminiscentes do Stoner, evidenciando-se depois o recurso aos coros masculinos enquadrando a voz de “Babs”, o épico refrão e a presença cativante da gaita-de-foles.</span></span><br />
<div class="yui-wk-div">
<div class="yui-wk-div" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 1.22;"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">“<b>Taberna Trollis</b>” é o “momento Kusturica” do álbum, convocando um ambiente de libertinagem festiva que contrasta com o ambiente mais idílico e atmosférico do epílogo, “<b>Helios Sky</b>”, onde ganham destaque os belos coros que exaltam o deus grego Prometeu pela dádiva do fogo (símbolo do conhecimento e da sabedoria) à Humanidade,</span></span><br />
<div class="yui-wk-div" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Quando ouvimos a última nota <b>Of Stones And Stars</b> há ressonâncias com Moonsorrow, Amon Amarth, Ensiferum, Amorphis e Eluveitie que continuam a ecoar, no entanto, a música dos <b>Caladmor</b> transcende esse quadro de referências e demonstra cabalmente como, ainda que de forma independente, um conjunto de músicos talentosos consegue vencer as dificuldades e oferecer, à audiência ávida, um excelente álbum de Metal.</span><br />
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="360" src="//www.youtube.com/embed/7iQgoTN_0Ls" width="640"></iframe>
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Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/04941813011681113164noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2930251294653631572.post-39256919996139843522013-11-29T02:12:00.002-08:002013-11-29T02:21:04.730-08:00Imagine Dragons - Night Visions<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi36CVyf8OwPznYfS3xjNBwVYWAsnZmyJ5YL1JO4B_pXQfpNT22r-upIdmGeWe__C5asTPBUxGmFTREgVDik3SPuXHDAtigJ57DOv1_PAqDxqhkUKw5c-LWRVDNgUOsVWtEE_BEYq4EMSku/s1600/night-visions.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="351" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi36CVyf8OwPznYfS3xjNBwVYWAsnZmyJ5YL1JO4B_pXQfpNT22r-upIdmGeWe__C5asTPBUxGmFTREgVDik3SPuXHDAtigJ57DOv1_PAqDxqhkUKw5c-LWRVDNgUOsVWtEE_BEYq4EMSku/s400/night-visions.jpg" width="400" /></a></div>
<b><span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">IMAGINE DRAGONS</span></b><br />
<b><i><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">NIGHT VISIONS</span></i></b><br />
<div style="border: currentColor;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">4 setembro de 2012, via Interscope</span></div>
<div style="border: currentColor;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Publicado em </span><a href="http://www.rocknheavy.com/álbuns/imagine-dragons-night-visions" target="_blank"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Rock n'Heavy</span></a></div>
<br />
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<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Mesmo para o comum mortal que não acompanhe regularmente os lançamentos do universo discográfico, será difícil nunca se ter cruzado com as músicas deste <b>Night Visions</b>, álbum de estreia dos americanos <b>Imagine Dragons</b>. Nos escaparates desde setembro de 2012, via <b>Interscope Records</b>.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Produzido por um homem do Hip-Hop, <b>Alex da Kid </b>e por um homem do<b> Indie Rock</b>, <b>Brandon Darner</b>, o álbum terá demorado cerca de três anos até ficar concluído e, na verdade, a fusão de estilos e géneros congrega nele uma musicalidade polimórfica que cruza sucessivamente fronteiras entre sonoridades mais matriciais como o Alternative Rock e o Indie, mas não deixa de, ocasionalmente, piscar o olho ao Dubstep, ao Folk e ao Hip-Hop, facto que ajuda a explicar o sucesso do disco, o apetite dos publicitários pelos temas mais “orelhudos” e a presença de "Radioactive" e "On Top Of The World" em diversos trailers e anúncios vários.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Assim, foi sem estranheza que <b>Night Visons </b>escalou no top de vendas nacional, facto que os ajudou a chegar ao palco do Coliseu dos Recreios via<b> Everything Is New</b>, para gáudio dos fás que lotaram por completo aquele espaço.</span></div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>Night Visions</b> abre com a caleidoscópica, electrónica e pós apocalíptica “<b>Radioactive</b>”. A fasquia está, sem receio, colocada bem alto. Imediatamente somos cativados pela melodia e pela voz encantatória de <b>Dan Reynolds</b>. “<b>Tiptoe</b>” aponta as baterias ainda mais para as linhas da electrónica e será, porventura, um daqueles temas que ao vivo faz levantar os pés do chão e abandonar o corpo aos ritmos mais dançáveis, no entanto, no conjunto do álbum parece algo deslocado e artificial. Entretanto surge aquele que foi o primeiro single e uma das músicas mais difundidas dos Imagine Dragons, “<b>It´s Time</b>”. Agora a toada é mais Indie e mesclada de elementos Folk, as melodias são mais delicadas e emotivas e a voz ganha em expressividade.</span></div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">"<b>On Top of the World</b>", o single mais recente (24 de agosto 2013) corresponde ao lado apolíneo e solar de um universo musical que, como o nome indica, apela mais a ambientes nocturnos e saturnianos. Música plena de energias positivas, é de facto o tema mais estival dos Imagine Dragons (a par de “Rocks”).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Musicalmente mais débeis que a generalidade das outras músicas, “<b>Amsterdam</b>” e “<b>Hear Me</b>” encantam mais por aquilo que se diz do que pelos sons que acompanham as palavras. Segue-se a “sui generis” balada minimalista “<b>Every Night</b>”. Depois, a grandíloqua “<b>Bleeding Out</b>” mostra a banda a puxar pelos galões e a elevar novamente a fasquia, alicerçando-se no trabalho de produção de Alex da Kid. De facto, este último é um tema apontado para as grandes multidões e concertos de estádio, destinado a arrancar vagas de palmas dos fãs. A próxima “<b>Underdog</b>” usa e abusa dos teclados e acaba por ser, na nossa opinião, um dos temas menos interessantes do álbum. A dose dupla "<b>Nothing Left to Say / Rocks</b>" define claramente a diversidade de elementos que os Imagine Dragons conseguem reunir no seu espectro musical. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Antes do final, a edição à nossa disposição para esta análise, oferece ainda a nefelibata, vaporosa e titilante “<b>Cha-Ching</b>”, reservando, para o final, “<b>Working Man</b>”.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">O futuro apresenta-se auspicioso para os Imagine Dragons, sendo que este <b>Night Visions</b> constitui o corolário de um trabalho de composição e produção musical que deve ser realçado e que foi habitualmente reconhecido e amplamente mediatizado.
</span></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="360" src="//www.youtube.com/embed/ktvTqknDobU" width="640"></iframe>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/04941813011681113164noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2930251294653631572.post-59962440549655527012013-11-17T01:43:00.002-08:002013-11-17T01:43:43.901-08:00Recensão crítica a "Espíritos das Luzes" de Octávio dos Santos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidIHs6nZevJhdzTDecP79jeNYZXHmm5pIZu8PET03Hl4-IghCvJuw4XHAogxN4rs8-9LW9SZbYeLuSvdbamWZgoqv2jN6LEX-vHjVwUIS0xARuGHKP6CBmxNyMUD3WokvxyTtZVxO64RPl/s1600/Esp%C3%ADritos+das+Luzes.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidIHs6nZevJhdzTDecP79jeNYZXHmm5pIZu8PET03Hl4-IghCvJuw4XHAogxN4rs8-9LW9SZbYeLuSvdbamWZgoqv2jN6LEX-vHjVwUIS0xARuGHKP6CBmxNyMUD3WokvxyTtZVxO64RPl/s640/Esp%C3%ADritos+das+Luzes.jpg" width="411" /><b style="text-align: justify;">:</b></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Sinopse</span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">«Era uma vez, num outro universo, em outro espaço e outro tempo, um planeta chamado Portugal… que fora abalado por um terrível terramoto que quase destruíra por completo a capital, Lisboa. O Marquês de Pombal, o todo-poderoso primeiro ministro do Rei D. José, prometeu, confiante na capacidade dos seus arquitectos e engenheiros, e também na de milhares de operários-robôs, que a cidade seria reconstruída, para diferente e para melhor, em sete dias. Entretanto, aterra no astroporto do Cais das Colunas uma nave que traz o milionário inglês William Beckford. À sua espera está um seu amigo português, o poeta Manuel Bocage, e os dois iniciam um percurso pela megalópole em acentuada e acelerada mutação, durante o qual irão encontrar, além de Sebastião José, outros personagens importantes e fascinantes, entre os quais o Intendente Pina Manique, a Marquesa de Alorna, Voltaire, a Rainha D. Maria I, Kant, António Ribeiro Sanches, Luís António Verney, Luísa Todi… Por entre manifestações místico-religiosas, encontros científicos e culturais, discussões de política galáctica e orgias tecno-sexuais, Beckford e Bocage ver-se-ão à mercê de um misterioso e inquietante indivíduo, que acabará por os levar até a um sítio onde se guarda o mais espantoso, o mais extraordinário segredo de Portugal…»</span></i></div>
<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>Recensão crítica</b> por Rui Carneiro:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Poucas épocas na história desta ancestral jangada de pedra denominada Portugal foram tão marcadas pela omnipresença de uma figura que verdadeiramente se elevou acima do comum mortal para deixar uma marca indelével na História universal. Se D. Afonso Henriques, surge como o paradigma do monarca da lenda temos, no entanto, que aguardar pelo Portugal setecentista para vislumbrar uma figura , que não sendo régia, marcou para sempre a forma de governar um país caracterizado desde há séculos pela dificuldade de governação.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Em “Espíritos das Luzes”, o jornalista Octávio dos Santos elabora uma desconstrução alegórica e fantástica do ambiente e cenário da época, misturando História e ficção científica, figuras reais com personagens de ficção, surpreendendo assim as expectativas do público leitor, visto que esta é uma obra de largo espectro capaz de agradar não só aos amantes do romance histórico, mas também aos fãs mais acérrimos da literatura fantástica.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>Autor:</b> Octávio dos Santos</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>Editor: </b><a href="http://www.gailivro.pt/pt/" target="_blank">Gailivro</a></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>Colecção:</b> 1001 Mundos</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/04941813011681113164noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2930251294653631572.post-36362449394755356032013-09-02T08:57:00.002-07:002013-11-29T02:21:15.259-08:00Sirenia - Perils Of The Deep Blue<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0Jfan25hiHFSjWN6Pc1kNWYAYLlDxJ4xe2UiGPvPSuihSjq3Xj-cQoDlvm-3sdgE3cTBYDxcevFNSai_A-kUrx9KPCy5Y5COCUiXJ6qrt9Xtccay6K7oUDnSUl3DdL4Pkzt9qcfo-WVLS/s1600/perils-of-the-deep-blue-51e70e70ddedd.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0Jfan25hiHFSjWN6Pc1kNWYAYLlDxJ4xe2UiGPvPSuihSjq3Xj-cQoDlvm-3sdgE3cTBYDxcevFNSai_A-kUrx9KPCy5Y5COCUiXJ6qrt9Xtccay6K7oUDnSUl3DdL4Pkzt9qcfo-WVLS/s400/perils-of-the-deep-blue-51e70e70ddedd.jpg" width="400" /></a><b><span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">SIRENIA</span></b><br />
<b><i><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Perils Of The Deep Blue</span></i></b><br />
<div style="border: currentColor;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">28 de junho de 2013, via Nuclear Blast</span></div>
<div style="border: currentColor;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Publicado em </span><a href="http://www.rocknheavy.com/%C3%A1lbuns/sirenia-perils-of-the-deep-blue" target="_blank"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Rock n'Heavy</span></a></div>
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">A degustação de <b>Perils Of The Deep Blue</b> começa de imediato pela beleza do aspecto gráfico do álbum. A capa é da autoria de <b>Anne Stokes</b>, artista gráfica celebrizada pelo seu trabalho em RPGs, nomeadamente, o afamado <b>Dungeons & Dragons</b>.
A arte gráfica é ilustrativa e um convite para a música no interior do
disco, uma vez que expressa não só a identidade da banda, mas também a
temática principal do álbum.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"></span><br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">O guitarrista/vocalista<b> Morten Veland</b>, secundado por<b> Ailyn</b> (entrevista Rn’H disponível<a href="http://www.rocknheavy.com/entrevistas/sirenia-agosto-2013"> aqui</a>), volta a catapultar a sua banda para a ribalta com um novo trabalho que traz mais alma e um novo fôlego aos <b>Sirenia</b>.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"></span><br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">No
competitivo universo do "Female Fronted Metal" de cariz
gótico/sinfónico parar é morrer e a estagnação espreita ao virar da
esquina. Ciente desse perigo, Morten aposta forte neste <b>Perils Of The Deep Blue</b> e, geralmente, acaba por sair vencedor, visto que a banda parece mais sólida, assertiva e coesa neste disco.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"></span><br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">Comos
podemos verificar pela recente entrevista que fizemos a Ailyn, a
comunhão entre os dois vocalistas foi mais estreita neste trabalho e
esse facto parece determinante para o sucesso do disco, visto que a voz
de Ailyn parece agora rejubilar com outro fulgor, sendo que os diatribes
vocais ao estilo “beauty & the beast”, um lugar comum do género,
surgem com outra ductilidade melódica, contribuindo para uma
“performance” muito mais harmoniosa.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"></span><br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">Canções como “<b>Seven Widows Weep</b>”, ”<b>Ditt Endelikt</b>”, “<b>Darkling</b>” ou "<b>My Destiny Coming to Pass</b>"
demonstram a qualidade e diversidade deste universo musical que parece
apostado em se reinventar através da inclusão de cambiantes melódicas
que tendem a fundir diversas sonoridades numa mesma estrutura homogénea.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"></span><br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><b>Perils Of The Deep Blue </b>corresponde
assim, na nossa opinião, a um marco na carreira dos Sirenia, visto que
demonstra que a banda está agora a viver um momento áureo conseguindo
transmitir, da melhor forma, uma plenitude de emoções através da música.</span></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"></span>
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="360" src="http://www.youtube.com/embed/dGCxgJFjnZw?feature=player_embedded" width="640"></iframe></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/04941813011681113164noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2930251294653631572.post-55834937300760255502013-09-02T08:41:00.000-07:002013-09-02T11:30:08.551-07:00Mena Brinno - Princesss Of The Night<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><br /></span>
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwwVV86mXfG2fFWyKxw7Ntn_OwZ3YSGhZ0_f_nEzdu6RIbYKt-hKTWFsS_WBTKfJ_iR64RTZfOccqjKb8Hxtufda0kgHWoxdOP21Ssy6Iq0Kekci5KsrTTynHZKkYLRVJIURvisAPbRh7n/s1600/mena_brinno__princess_of_the_night__cd_20013__by_darkgrove-d5sf8o5.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwwVV86mXfG2fFWyKxw7Ntn_OwZ3YSGhZ0_f_nEzdu6RIbYKt-hKTWFsS_WBTKfJ_iR64RTZfOccqjKb8Hxtufda0kgHWoxdOP21Ssy6Iq0Kekci5KsrTTynHZKkYLRVJIURvisAPbRh7n/s400/mena_brinno__princess_of_the_night__cd_20013__by_darkgrove-d5sf8o5.jpg" width="400" /></a><b><span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">MENA BRINNO</span></b><br />
<div style="text-align: justify;">
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><b>Princess Of The Night</b></span><br />
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">Publicado em <a href="http://www.rocknheavy.com/%C3%A1lbuns/gojira-l%E2%80%99enfant-sauvage" target="_blank">Rock n'Heavy</a></span></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<br />
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</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
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<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><b>Princess of the Night</b> é um novo capítulo da saga musical dos<b> Mena Brinno</b>, banda de Gothic Metal oriunda de, Tampa, na Flórida, Estados Unidos da América e capitaneada pela diva <b>Katy Decker</b>. A fórmula é simples e conhecida de todos aqueles que apreciam os registos operático-sinfónicos.</span><br />
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"></span><br />
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">Este
novo trabalho da banda tem recebido críticas favoráveis e, por vezes,
têm sido enfaticamente proclamadas, não só a qualidade da banda, mas
também as potencialidades da sua vocalista. De facto, há que tirar o
chapéu aos <b>Mena Brinno</b>, para uma banda independente e não alinhada, <b>Princess of the Night </b>exibe
uma produção cuidada e envolvente que evidencia as subtilezas da
música, facto que é imprescindível a uma banda que pretende singrar num
universo musical que não se compadece com debilidades a esse nível.</span><br />
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"></span><br />
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">O tema de abertura, <b>Princess Of The Night</b>,
não nos seduz particularmente, demora a arrancar e o trabalho rítmico
algo linear acaba por tornar o esquema musical demasiado redundante,
ainda que a voz de Decker e o solo ocasional salvem o tema da monotonia.
A mais soturna e melancólica “<b>Blackmail</b>” corta com a veia festiva inicial, evidencia o talento vocal de Decker e a versatilidade e amplitude operática da sua voz. “<b>Sonorous Dream</b>” é um exórdio do paradigma gótico, faltando-lhe originalidade. “<b>Serpentine Lullaby</b>”,
apesar de recuperar alguns motivos instrumentais do tema inicial,
explora-os de uma forma bem mais apelativa e é daquelas músicas que os
amantes do género não deixarão de ouvir vezes sem conta, visto que ela,
sincreticamente, resume aquilo que se espera de um bom tema de Gothic
Metal, sendo que a banda tem ainda o condão de introduzir cambiantes
melódicas que suscitam a nossa atenção. Em “<b>Captive Soul</b>” Decker
carrega na teatralidade tonal da sua voz, enfatizando a dramaticidade do
registo e colando-se de uma forma mais veemente ao paradigma operático,
sendo outro dos temas menos significativos do álbum. “<b>Sacrifice</b>”
apresenta-se de uma forma mais subtil, diáfana, vaporosa e etérea,
pautada pela guitarra acústica e por uma maior contenção na voz, facto
que enriquece o álbum ao nível da diversidade. “<b>Drown Within</b>” usa e abusa dos teclados e peca por uma excessiva languidez melódica. Inversamente “<b>Cross To Bear</b>”
fecha o álbum de uma forma mais assertiva, evidenciando uma estrutura
musical vibrante, com variações bem conseguidas a todos os níveis.</span><br />
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"></span><br />
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">Em resumo, há de facto aqui motivos para nos congratularmos com <b>Princess of the Night</b>
e, na generalidade, o tom panegírico pode ser utilizado para acentuar
os pontos mais fortes do álbum, no entanto, no final fica a sensação que
esta banda ainda não alcançou o zénite do seu potencial, existindo
ainda aspectos que, quando forem lapidados, podem revelar um diamante de
excepcional quilate.</span><br />
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="360" src="http://www.youtube.com/embed/ulgyvjrXytA?feature=player_embedded" width="640"></iframe>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/04941813011681113164noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2930251294653631572.post-79127146954231967072013-09-02T08:36:00.001-07:002013-09-02T11:30:24.279-07:00Obscurity - Obscurity<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiapdRRGc2v8kmFq4Aa67IasoWCBCXjZCDb4FpBtXOWFPTZYeEK_cm9qGM3nYuqqFF8t-FUDGZ8mVdM_3m-PJjg6TzO0rzMc5yfSp7NfYuwea0W1Le1P5xjpX2vG2EmPs0rwrQkjZV3Bw2U/s1600/1350132949_obscurity-obscurity-2012.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiapdRRGc2v8kmFq4Aa67IasoWCBCXjZCDb4FpBtXOWFPTZYeEK_cm9qGM3nYuqqFF8t-FUDGZ8mVdM_3m-PJjg6TzO0rzMc5yfSp7NfYuwea0W1Le1P5xjpX2vG2EmPs0rwrQkjZV3Bw2U/s400/1350132949_obscurity-obscurity-2012.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>OBSCURITY</b></span><br />
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<b><i><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Obscurity</span></i></b></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<br /></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Publicado em<a href="http://www.rocknheavy.com/%C3%A1lbuns/obscurity-obscurity" target="_blank"> </a></span><a href="http://www.rocknheavy.com/%C3%A1lbuns/obscurity-obscurity" target="_blank"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Rock n'Heavy</span></a></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<br /></div>
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<div style="text-align: justify;">
O<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">riundos da Alemanha, os <b>Obscurity</b> mantiveram-se, ao longo dos
anos, fiéis a si próprios nos meandros “underground”.No entanto, e
apesar da falta de reconhecimento das hostes, estes alemães perseveraram
e agora voltaram à carga com este disco homónimo, que pode bem ser o
melhor trabalho até à data.<br /><br />Há cerca de quinze anos que os<b> Obscurity</b>
surgem como epígonos do Battle Metal, sendo que é exactamente esse
espírito que grassa no novo álbum, um misto de Death/Black/Viking Metal
mesclado de lirismo pagão e marcial. Assim sendo, podem esperar doses
elevadas de testosterona musical, muita agressividade e ritmos
galopantes, até porque aqui não há lugar para filigranas folk, apenas o
ribombar sucessivo do martelo de Thor e o entrechocar do aço.<br /><br />Assim<b> </b>este disco homónimo, <b>Obscurity, </b>abre a todo o gás com dois temas paradigmáticos deste universo, “<b>In Nomine Patris</b>”, uma violenta diatribe liricamente focada na igreja católica enquanto instituição e, logo a seguir, a homónima “<b>Obscurity</b>”, uma “homage” àquilo que a banda representa para si própria e, especialmente, para os fãs. “<b>Germanenblut</b>”
sendo um dos temas mais assertivos do album, com o repentismo
trovejante dos blastbeats a explodirem nos momentos iniciais, é também
um hino marcial de inspiração viking e quase conseguimos imaginar as
proas dos drakar, rasgando as ondas ao sabor do vento e da ânsia do
sangue e do saque. “<b>Strandhogg</b>” continua na mesma toada e em “<b>Ensamvarg</b>”
temos nova “homage”, neste caso a Quorthon, (pseudónimo de palco para
Thomas Börje Forsberg, fundador dos suecos Bathory, e pioneiro do Black
Metal sueco, creditado por vezes como criador do Viking Metal). <br /><br />"<b>Blutmondzeit</b>”, “<b>Jörmungandr</b>”, “<b>Weltenbrand</b>” e “<b>Fimbulwinter</b>”
formam um quadro conceptual em torno dos quatro desastres escatológicos
da mitologia nórdica, sendo que em termos puramente musicais a banda
não se afasta do registo habitual. Próximo do final, encontramos “<b>Kein Rückzug</b>”,
uma composição ideal para apresentações ao vivo, dada a sua intensidade
e cavalgada rítmica contagiante. Chegados ao epílogo com “<b>So Endet meine Zeit</b>”,
a banda envereda, como é apanágio em todos os álbuns, por uma maior
dose de experimentação, abrandando os ritmos, causticando de forma mais
sombria os ouvidos e seguindo uma linha mais sinfónica de contornos
soturnos e melancólicos.<br /><br />Concluindo, a banda oferece-nos um álbum
maduro que confirma claramente a sua identidade no seio do Battle
Metal, sendo que, em termos de produção, por vezes, há alguns aspectos
menos conseguidos, particularmente ao nível da percussão, sendo de
realçar também que os músicos deveriam introduzir diferentes cambiantes
melódicas de forma a evitar uma certa sensação de “déjà vu” ao longo do
álbum.</span><br />
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="360" src="http://www.youtube.com/embed/kSw7MIGtZT0?feature=player_embedded" width="640"></iframe>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/04941813011681113164noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2930251294653631572.post-24980055744953020912013-09-02T08:23:00.004-07:002013-09-02T11:31:17.428-07:00Dark Salvation - Der Letze Weg<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLjisayKYAMWgbJBIp3ruvAgG3tih5gRIL4FmcKxIGDWN6YX8GZXQbg5mQLJEEA_ANwJwQlfrMmI-VCUSk9wAbuVleCrMYQoR1zQPucDjvc-UL8YqTegVYOrDEcJsE8iq3CZPWmWXAZE-2/s1600/37536.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLjisayKYAMWgbJBIp3ruvAgG3tih5gRIL4FmcKxIGDWN6YX8GZXQbg5mQLJEEA_ANwJwQlfrMmI-VCUSk9wAbuVleCrMYQoR1zQPucDjvc-UL8YqTegVYOrDEcJsE8iq3CZPWmWXAZE-2/s400/37536.jpg" width="400" /></a></div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>DARK SALVATION</b></span><br />
<b><i><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Der Letze Weg</span></i></b><br />
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Publicado em </span><a href="http://www.rocknheavy.com/%C3%A1lbuns/dark-salvation-der-letze-weg" target="_blank"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Rock n'Heavy</span></a></div>
<br />
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<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">Para quem não conheça, formados em 2008, os <b>Dark Salvation</b>
praticam um melodic death metal que funda raízes no Liechtenstein,
paragens pouco prolíficas no que ao metal diz respeito, daí que a banda
mereça alguma atenção.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"></span><br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><b>Der Letze Weg</b> é o segundo álbum de originais dos Dark Salvation, o álbum de estreia , <b>Bärgthron</b>, data de 2010 e, antes disso, apemas haviam lançado a demo<b> Spartha</b> (2008) e um DVD gravado ao vivo intitulado <b>Dark Winter Nights III</b> (2009).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"></span><br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">Depois
da intro construída em torno de sonoridades cinemáticas e orquestrais,
começamos a sentir o pulso à banda. A primeira nota de interesse vai
para os growls de <b>Gianluca Teofani </b>que, tipicamente alicerçados
numa matriz death metal, manifestam assertividade e poder, sendo que
lhes falta alguma diversidade tonal ao longo das músicas. <b>Kevin Schädler</b> e <b>Simon Sprenger,</b>
nas guitarras, mostram eficiência, e o contraste entre a distorção
rítmica e o canto límpido das cordas da guitarra solo resulta
particularmente harmonioso. A restante secção rítmica é o calcanhar de
Aquiles deste universo musical, registando-se alguma falta de “músculo”.
As linhas de baixo são demasiado sibilinas, daí que seja difícil tomar o
pulso e perscrutar a "tensão cardíaca" emanada pelas cordas de <b>Marcel Gebert</b>. A bateria de <b>Samuel Schädler</b>
soa, por vezes, quase vinda do fundo do poço. Estas debilidades
devem-se, porventura, a opções menos conseguidas ao nível da produção,
aspecto que merecia um trabalho mais cuidado neste álbum.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"></span><br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">Assim, importa valorizar temas como “<b>Tränenmeer</b>” e “<b>Eifersucht</b>”,
visto que aparentemente são aqueles em que a identidade dos Dark
Salvation surge de forma mais evidente, sendo também aqueles que denotam
uma maior complexidade performativa e composicional. Destaque-se
também “<b>Sekunden meiner Macht</b>” pela capacidade de apresentar uma
maior diversidade de motivos, partindo de um prelúdio atmosférico e
etéreo, ao som de teclados, em que a voz assume uma tonalidade
sussurante, e explorando, depois, o contraste com o registo mais
habitual da banda. O epílogo fica reservado para “<b>Endzeit</b>”, que
podemos traduzir precisamente como “Final”, momento em que há uma maior
evidência na componente instrumental, trazendo a guitarra baixo um pouco
mais para a frente, mas sem que se registe um grande dinamismo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"></span><br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">Os <b>Dark Salvation </b>denotam
potencialidade e podem singrar nos caminhos do metal, no entanto, para
que essa evolução aconteça, talvez seja necessário que o processo de
gravação e mixagem ocorra fora do Liechtenstein, no seio de um contexto
mais capacitado e experimentado nas valências do melodic death metal,
visto que as maiores debilidades de <b>Der Letze Weg</b> decorrem, na nossa opinião, precisamente de um trabalho menos conseguido a esse nível.</span><br />
<br />
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="360" src="http://www.youtube.com/embed/MPnWT8jgYVQ?feature=player_embedded" width="640"></iframe>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/04941813011681113164noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2930251294653631572.post-39353184908540435622013-09-02T08:16:00.004-07:002013-09-02T11:31:33.218-07:00Moskeo - Resurgente<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiJxZFn-t_hlfzQUIl-684kLmi0W06LVgyd7ujMwMUv5mhcAxE3bLbSmlRK-kCtBg9GBQ7-pyYwiMpsSD6KnFF2yg_CTDZKC3IJnCwwsfV1FdiB02h_0eYIDYGqxVaQc8TyOGk6v3fF3Am/s1600/334281g.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiJxZFn-t_hlfzQUIl-684kLmi0W06LVgyd7ujMwMUv5mhcAxE3bLbSmlRK-kCtBg9GBQ7-pyYwiMpsSD6KnFF2yg_CTDZKC3IJnCwwsfV1FdiB02h_0eYIDYGqxVaQc8TyOGk6v3fF3Am/s400/334281g.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>MOSKEO</b></span><br />
</span><b><i><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Resurgente</span></i></b></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Publicado em<a href="http://www.rocknheavy.com/%C3%A1lbuns/moskeo-resurgente" target="_blank"> </a></span><a href="http://www.rocknheavy.com/%C3%A1lbuns/moskeo-resurgente" target="_blank"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Rock n'Heavy</span></a></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
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<br />
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<br />
<br />
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">Moskeo, banda oriunda de San Sebastián de los Reyes (Madrid),
depois de ter protagonizado algumas mudanças ao nível da formação, volta
às lides do rock com um novo álbum liminarmente apelidado, <b>Resurgente</b>.
De realçar o trabalho do baterista no resultado final do disco: “Johnny
tem uma dimensão dupla. Por um lado é o baterista e por outro tem a
capacidade de analisar do exterior as alterações necessárias às
canções.”<br />Depois de terem alcançado alguma notoriedade, em Espanha, com o álbum de estreia “<b>No Soy tu Perro</b>”, os <b>Moskeo</b>
trazem na bagagem uma nova dose de rock urbano despretensioso e direto:
“uma receita simples que segue a bandeira do rock para contar boas
histórias, transmitir energia sob a forma de música e a raiva em forma
de voz e, principalmente, para pôr toda a gente a saltar.” Na verdade, a
banda aposta nas sonoridades punk-rock e heavy metal mescladas com o
rock & roll clássico, ou seja, nada de muito original, mas, na
verdade, também não é essa a intenção vital deste projeto.<br />A vocação interventiva é evidente logo a abrir com ”<b>Listo para Vivir</b>”,
quando se solta o refrão: “estás aqui, listo para vivir, no estás allí,
estás aqui, lucha por ser feliz,”. Os Riffs são pesados e a guitarra é a
figura de proa deste tema, sendo que a voz de <b>Alber</b>, particularmente afetada e melodramática neste tema, não deixa grandes recordações. Em “<b>Deja Ya de Soñar</b>”
mantém-se a tónica ao nível instrumental, no entanto, a prestação do
vocalista parece mais conseguida e o tema é escolhido como single de
apresentação do álbum. A próxima, “<b>Resurgente</b>”, assume-se como outro dos momentos mais significativos deste trabalho, embora enveredando por uma toada mais melódica. Abundam também as incursões ao punk em temas como “<b>La Noche se Acerca</b>” e “<b>Rompe el Silencio</b>” ou “<b>De Mala Muerte</b>”, ou seja, <b>Resurgente</b>
configura-se como um álbum que, não exibindo grandes rasgos de
originalidade, possui, no entanto, alguma diversidade musical,
combinando aquela veia punk/rock com momentos mais sincopados como “<b>Libre</b>” e temas mais complexos e metal como “<b>En La Sombra</b>” e “<b>No Lo Puedo Controlar</b>”.<br />Assim sendo, ao segundo disco, os <b>Mokeo</b>
apresentam-se mais maduros, mas importa consolidar um pouco a formação
atual e, partindo de uma base de trabalho mais estruturada, progredir
para uma sonoridade verdadeiramente “<b>moskeana</b>”.</span></div>
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="360" src="http://www.youtube.com/embed/22qKc-eRG8U?feature=player_embedded" width="640"></iframe>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/04941813011681113164noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2930251294653631572.post-56781887005439046552013-09-02T08:06:00.003-07:002013-09-02T11:32:36.576-07:00Cradle Of Filth - The Manticore And The Other Stories<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyepZ3N8ydzF_xmPh_u9fo1tSZhqAu8e4_uvvrSt2L44B4cTFj7R_1RY4W8As4B_XdxV9VGUrhpG4y02PHl8yVauURsPE5TuafRaHkAgMtlsnOrQIMNRaMEEBoYUULh62bapUb0QyYPK8W/s1600/Cradle-Of-Filth-The-Manticore-And-Other-Horrors-Artwork.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyepZ3N8ydzF_xmPh_u9fo1tSZhqAu8e4_uvvrSt2L44B4cTFj7R_1RY4W8As4B_XdxV9VGUrhpG4y02PHl8yVauURsPE5TuafRaHkAgMtlsnOrQIMNRaMEEBoYUULh62bapUb0QyYPK8W/s400/Cradle-Of-Filth-The-Manticore-And-Other-Horrors-Artwork.jpg" width="400" /></a></div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>CRADLE OF FILTH</b></span><br />
<b><i><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Manticore</span></i></b><br />
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">16 de abril de 2012, via Nuclear Blast</span></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Publicado em </span><a href="http://www.rocknheavy.com/%C3%A1lbuns/cradle-of-filth-the-manticore-and-other-horrors" target="_blank"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Rock n'Heavy</span></a></div>
<br />
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<br />
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">Com “<b>The Manticore</b>” (abreviando), os <b>COF</b> chegam à dezena
de álbuns (note-se a simbologia do dez enquanto valor que encerra um
ciclo e implica renovação e instauração de uma nova ordem), sendo que o
novo trabalho revisita o universo musical paradigmático da banda
britânica, ou seja, é tétrico, fantasmático e sinfónico. No entanto, há
nele também uma intenção de regressar às raízes, divergindo da direção
assumida nos dois álbuns anteriores. Mas este regresso às origens não
significa, em última instância, um incremento na natureza mais crua da
musicalidade da banda, existindo, outrossim, uma preocupação,
nomeadamente em termos líricos, em tornar o álbum mais acessível, quer
pela diversificação dos próprios temas, quer ao nível da interpretação,
porque, sem prejuízo da expressão dramática, as letras estão
significativamente mais inteligíveis do que em discos anteriores,
notando-se que essa intenção esteve bem presente no momento da gravação.</span><br />
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">Quanto ao conceito do álbum, contrariamente ao que aconteceu anteriormente, “<b>The Manticore</b>” não é um álbum conceptual. O título é inspirado na obra de <b>Edgar Allan Poe</b> “<b>The Raven and Other Stories</b>” e os <b>COF</b>
revelaram que o novo trabalho se assemelha a um “Bestiário”, ou seja,
um repositório de histórias sobre monstros e criaturas lendárias, com
reminiscências de Lovecraft (algo recorrente em COF). Assim sendo, além
da referência específica ao arquétipo Manticore, há alusões à
licantropia e ao vampirismo. Nada de novo, quando conhecemos o fascínio
de <b>Dani Filth</b> pela temática do horror. De realçar que o vocalista de <b>COF</b>
celebra entusiasticamente o Halloween (casou nessa data), pelo que a
semana em que se celebra a véspera do “Dia de Todos os Hallows” (All
Hallows Eve/ Halloween) parece uma escolha óbvia para o lançamento de um
álbum dedicado especificamente ao “mythos” do horror lovecraftiano. </span><br />
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">Depois de o introito orquestral e fantasmático “<b>The Unveiling of O</b>” instalar os devidos níveis de dramaticidade, da garganta de <b>Dani</b> solta-se o estrídulo inaugural de “<b>The Abhorrent</b>”
e um pensamento ocorre: “mais do mesmo”, até porque este tema alternará
entre a vibração mais metal e a vocação mais sinfónica e orquestral dos
<b>COF</b>. Assim sendo, fica guardada para “<b>For Your Vulgar Delectation</b>”
a primeira nota de destaque, porque, quer a nível instrumental, quer ao
nível das vocalizações há aqui uma sonoridade mais metal e despida das
filigranas góticas. De facto, <b>Paul Allender</b> agarra de forma
arrebatadora a música, alicerçando cada momento numa barragem de riffs
de travo 80’s. Liricamente gótico; encontramos neste tema os motivos
recorrentes no imaginário <b>COF</b>: bacanais vampíricas e libidinosas onde não faltam os fatais e aflitivos espasmos orgásmicos femininos. Na melódica “<b>Illicitus</b>”, como antes em “<b>The Abhorrent</b>”, encontramos a veia icónica de <b>COF</b>. Em “<b>Manticore</b>” os músicos voltam a puxar dos galões e alinham pela vertente mais pesada. No entanto, o momento grandíloquo do álbum é “<b>Frost on Her Pillow</b>”.
Musicalmente cativante desde o início, a orquestração conduz-nos por
algumas das mais eloquentes e sedutoras paisagens góticas de <b>COF</b>. <b>Dani </b>abdica do dramatismo e as palavras brotam inteligíveis, renegando, momentaneamente, o registo gutural/estridente.</span><br />
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">Se no tema anterior a nota de destaque recaía nas vocalizações, “<b>Huge Onyx Wings Behind Despair</b>” merece uma referência especial ao nível da dimensão instrumental, tornando-se mais preponderante o trabalho de Martin “<b>Marthus</b>” Skaroupka na bateria. Na verdade, deparamo-nos com alguns dos melhores apontamentos ao nível da percussão presentes em “<b>The Manticore</b>”. Os riffs de “<b>Pallid Reflection</b>” e “<b>Siding With the Titans</b>” são paradigmáticos de uma vocação mais assertiva e direta na música dos <b>COF</b>.
No entanto, há medida que os temas se sucedem, começa a crescer uma
sensação de esgotamento e “dejà vu”, acentuada pela recorrência cíclica
dos mesmos motivos, pelo que, até ao final, merece sobretudo destaque a
beleza encantatória do epílogo instrumental “Sinfonia”, demonstrando,
mais uma vez, o papel determinante que Marthus granjeou no seio dos <b>COF</b> desde que chegou à banda, visto que o baterista é também responsável pelas orquestrações e teclados do álbum.</span><br />
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">Sublinhe-se que “<b>The Manticore and Other Horrors</b>” afasta, em certa medida, o efeito “espada de Dâmocles” que parecia começar a assolar a música dos <b>COF</b>,
devolvendo-lhe algum propósito e uma maior organicidade, quando a banda
parecia condenada a navegar num oceano de águas paradas, ameaçando
naufragar no marasmo da excessiva teatralização gótica. Não basta, no
entanto, aos <b>COF</b> reinventarem-se com os olhos postos no passado,
terão que encontrar novos rumos musicais que os mantenham como figuras
de proa do metal extremo no futuro.</span><br />
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"></span><br /></div>
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="360" src="http://www.youtube.com/embed/Z3tZhKM-kz4?feature=player_embedded" width="640"></iframe>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/04941813011681113164noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2930251294653631572.post-22307860305855074572013-09-02T08:01:00.001-07:002013-09-02T08:07:48.263-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdNHAKjCXFb14ABmSiJ0uzofnWCXHuC_mN3Nyy5Xn2XraeyMSmotFaLYrvCz-Oj1Q7m7Fu4gFQJNvqEq_ws-tAUW0hey9mudjzTiiIAwJaKM15hBTRdn3H1ryBEfGBtvbhquaEwWk_asOx/s1600/tank.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdNHAKjCXFb14ABmSiJ0uzofnWCXHuC_mN3Nyy5Xn2XraeyMSmotFaLYrvCz-Oj1Q7m7Fu4gFQJNvqEq_ws-tAUW0hey9mudjzTiiIAwJaKM15hBTRdn3H1ryBEfGBtvbhquaEwWk_asOx/s400/tank.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"></span><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>T.A.N.K</b></span></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<b><i><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Spasms Of Upheaval</span></i></b></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Publicado em </span><a href="http://www.rocknheavy.com/%C3%A1lbuns/t-a-n-k-spasms-of-upheaval" target="_blank"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Rock n'Heavy</span></a></div>
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<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">Corre o ano de 2006, o local não é propriamente terreno fértil para a
irrupção de sonoridades heavy extremas, situa-se nos subúrbios de Paris e
aqui encontram-se os fundadores dos <b>Think of a New Kind </b>(aka T.A.N.K). No entanto, nesta data, ainda dão pelo nome <b>Dark Signs</b> e contam apenas com <b>Eddy Chaumulot</b> e <b>Symheris</b>, visto que apenas no ano seguinte a formação estabiliza com novos instrumentistas e com<b> Raf Pener </b>(voz). Depois há mexidas na banda e chegamos ao alinhamento atual com a entrada de <b>Clément Rouxel</b> (percussão) e <b>Olivier d'Aries</b> (Baixo).<br />Antes de mais, convém não confundir os franceses <b>T.A.N.K </b>com
os veteranos do heavy-metal inglês, Tank, que voltaram recentemente à
ribalta com “War Nation” (2012). Estes gauleses indómitos praticam um
Death Melódico de forte poder corrosivo e pragmatismo rítmico-melódico,
dando ao novo “<b>Spasms of Upheaval</b>” um enormepotencial
de “knock out” pela violência com que dispara “jabs” e “uppercuts”
sonoros ao longo de vagas ininterruptas de distorção.<br />De facto, depois de alcançarem alguma notoriedade internacional com o álbum de estreia, “<b>The Burden Of Will</b>", os <b>T.A.N.K</b> regressam ao ringue musical para mais um assalto violento e letal. A intro “<b>Life epitaph</b>” predispõe a audiência para barragens sucessivas de Death explosivo e demolidor onde impera uma qualidade uniforme,sem
momentos de arrebatamento, mas também sem que qualquer dos temas
pareça deslocado ou escolhido apenas “para encher”. Em seguida, “<b>The Raven’s Cry</b>"
vai ao tutano da identidade musical da banda para mostrar que estes
franceses carregam energia até à medula e não se coíbem de a partilhar
através de guturais céleres,agrestes e abrasivos, bem alicerçados em ritmo, distorção e tenacidade na percussão.Continua a escalada de violência e “<b>Unleash the Craving</b>”
merece uma referência especial pela forma como a banda faz uma gestão
cuidada de peso e melodia, mas sempre com pedal a fundo. A próxima, “<b>Spasms of Upheaval</b>”, traz uma maior componente melódica, quer pelas flutuações entre o growl e o registo limpo, quer pelaforma como surgem solos de guitarra.<br />As músicas sucedem-se e seguimos no carrossel de ferozes diatribes que os <b>T.A.N.K</b> servem
prodigamente, mas com algum excesso de linearidade e uma
utilização demasiado recorrente dos mesmos motivos. Exceção é a vocação
Metalcore do single “<b>Inhaled</b>”, com a participação da voz potente de <b>Jon Howard </b>(Threat Signal).Saliente-se ainda, depois do fugaz interlúdio “<b>Slumber</b>”, o apogeu poderoso e selvático de “<b>Conflict</b>”,
sendo que este rasgo intempestivo de furor cru e direto merecia uma
conclusão diferente. Há ainda momentos que combinam
tonalidades progressivas (particularmente em termos de solos) e
ferocidade Death, ouça-se “<b>A Life Astray</b>”. “<b>Daze</b>” encerra o álbum numa toada mais experimental, visto que este final será essencialmente melódico e quase melancólico.<br />Ao segundo álbum os <b>T.A.N.K</b> confirmam o potencial que fervilhava em “<b>The Burden Of Will</b>". <b>Raf Pener</b>
é dono e senhor de uma voz retumbante e não tem qualquer pejo em puxar
pelas cordas vocais. Resta aguardar pelo próximo assalto para
verificarmos qual a direção do combate: maior aproximação ao Metalcore
ou um cerrar de dentes na senda do Death.</span><br />
<br />
<br /></div>
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="360" src="http://www.youtube.com/embed/qgCIX30MubM?feature=player_embedded" width="640"></iframe></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/04941813011681113164noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2930251294653631572.post-67046423396777956972013-09-02T07:48:00.002-07:002013-09-02T08:07:58.733-07:00<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBsMQT6MfjqH16DsgcgUh9pfzkcehO7IPEgkSpwMGqgAyv6JokFyG8D4qG4gJb76Uo_mlUPssCf6V7amNLjMnL5NgXn9_VOCer_M7HDhd8xbERdWU16_LG0w1R-G7AUQ-Gcy6DF7bkPK1u/s1600/anathema-weather-systems-cover.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBsMQT6MfjqH16DsgcgUh9pfzkcehO7IPEgkSpwMGqgAyv6JokFyG8D4qG4gJb76Uo_mlUPssCf6V7amNLjMnL5NgXn9_VOCer_M7HDhd8xbERdWU16_LG0w1R-G7AUQ-Gcy6DF7bkPK1u/s400/anathema-weather-systems-cover.jpg" width="400" /></a><span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="text-align: justify;"> </span></span></div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>ANATHEMA</b></span><br />
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<b><i><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Weather Systems</span></i></b></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">16 de abril de 2012, via Kscpoe</span></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Publicado em </span><a href="http://www.rocknheavy.com/%C3%A1lbuns/anathema-weather-systems" target="_blank"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Rock n'Heavy</span></a></div>
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<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="text-align: justify;">Depois de diversas passagens por
terras lusas, a banda de Liverpool regressa, brevemente, aos palcos
nacionais para dois concertos que prometem ser memoráveis.</span><br /><br />A promotora <b>Prime Artists</b> traz os <b>Anathema</b> à sala 1 do <b>Hard Club, no Porto, no dia</b> <b>19 e no dia seguinte ao palco do Paradise Garage, em Lisboa.</b><br />“<b>Weather Systems</b>” é o nono álbum na discografia dos <b>Anathema</b>, sendo que a banda inglesa continua a apostar na fórmula avant-garde de “<b>We're Here Because We're Here</b>”
(2010). Com efeito, estamos a anos-luz da matriz death/doom da banda
e deambulamos por paisagens atmosféricas que conduzem a classificações
que têmcomo denominador comum os conceitos de inovação e experimentalismo.<br />O novo de <b>Anathema</b>
é um trabalho que poderá agradar a gregos e a troianos, visto que é,
até ao momento, o trabalho mais arquetípico da banda. Os
fundamentos lançados em “<b>We're Here Because We're Here</b>” são agora de tal forma aprimorados que as canções parecem brotar de um manancial de criatividade holística. Na verdade,qualquer ouvinte encontrará em “<b>Weather Systems</b>”
algum aspeto capaz de incutir um “pathos”, ou seja, o mais elevado grau
dos afetos, uma experiência feita de paixão ou comoção.<br />A elegia inicial de “<b>Weather Systems</b>”, “<b>Untouchable part 1/part 2</b>”,
inscreve-se seguramente nessa dimensão metafísica do “pathos”, sendo
que as raízes que agora se estratificam e brotam em múltiplas corolas
iridescentes, encontram-se profundamente incrustadas no húmus fértil do
álbum anterior. O lirismo diáfano e etéreo de “<b>Untouchable part 1</b>” é profundamente expressivo e cativa-nos com a gradação crescente da tensão emotiva transmitida pela guitarra. “<b>Untouchable Part 2</b>”
quebra essa intensidade e suaviza abruptamente o caudal rítmico,
enfatizando a cambiante melódica através do protagonismo dado aos
teclados que, ao mesmotempo, coloca a voz em primeiro plano.<br />Acusticamente sedutora, “<b>The Gathering Of The Clouds</b>”,
coloca o foco nas múltiplas vozes que parecem ecoar ao longo da
estrutura melódica da canção, sendo de relevar a base sinfónica e
orquestral do tema. Aspeto que marca a transição ininterrupta para “<b>Lightning Song</b>” através da utilização reiterada dos acordes cíclicos da guitarra,seguindo-se
o som de violinos que acompanha as vocalizações feéricas e
cristalinas, até ao momento em que as cordas clássicas se digladiam com a
eletricidade coruscante das guitarras.<br />Depois da tempestade vem a bonança e na organização conceptual e estratosférica do álbum, “<b>Sunlight</b>” define o zénite da dimensão apolínea e apoteótica de “<b>Weather Systems</b>”, porque, em seguida, a musicalidade plúmbea e faiscante de “<b>The Storm Before The Calm</b>” abate-se sobre os nossos tímpanos como se fóssemos marteladoscom
o Mjölnir asgardiano. Momento intensamente experimental que evolui ao
ritmo de uma tempestade. Sendo a canção de maior fôlego de “<b>Weather Systems</b>”, “<b>The Storm Before The Calm</b>” apresenta-se como uma opus de rock sinfónico que eleva <b>Anathema</b>
aos píncaros do género, combinando tensão dramática com
dinâmicas eletrónicas, sendo apenas de apontar o fato de o tema se
desenvolver no sentido mais convencional.<br />“<b>The Beginning and the End</b>” assume uma postura menos iconoclasta que o tema anterior, inscrevendo-se na linha mais heavy e sinfónica de <b>Anathema</b>, momento em que verdadeiramente irrompem os solos dilacerantes e angustiados das guitarras.<br />“<b>The lost Child</b>”
é uma inflexão no sentido mais introspetivo, sorumbático e espetral
da banda, delineando caminhos de virtuosismo lírico na sua beleza
singela e minimalista. A mesma ambiência surge em “<b>Internal Landscapes</b>”.
O tema começa num registo spoken word, relatando-se uma experiência
limite: “It was then that I experienced... experienced what we call a
near death experience, for me there was nothing near about it, it was
there.” Assim, os temas que compõem o epílogo afiguram-se como os mais
negros do álbum.<br />“<b>Weather Systems</b>”
conquista assim um lugar insigne no panteão dos melhores álbuns de
2012. Como aspeto menos positivo poderíamos talvez apontar a
insistente reiteração do esquema estrutural das canções, no entanto,
isso é provavelmente intencional, porque a sonoridade de Anathema parece
procurar uma expiação cíclica e catártica das emoções.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/YDsMpOM4uAU" width="420"></iframe>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/04941813011681113164noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2930251294653631572.post-70141967447703226552013-09-02T07:43:00.001-07:002013-09-02T08:08:06.240-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFAnFzf846MmfZfNvQFA-yjdupfjCCoSuIBOVZLccEVbio89kdJGjUgFNP7RUEPYd-aAMGmwu6z1ndhUOqGAK5jZpY5LB6pYa1MznZ5ZlfoWOY0bt5XY2EUhSGG96BT7zBMrl5JL14Z8JE/s1600/url.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFAnFzf846MmfZfNvQFA-yjdupfjCCoSuIBOVZLccEVbio89kdJGjUgFNP7RUEPYd-aAMGmwu6z1ndhUOqGAK5jZpY5LB6pYa1MznZ5ZlfoWOY0bt5XY2EUhSGG96BT7zBMrl5JL14Z8JE/s400/url.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>JESSE AND THE ANCIENT ONES</b></span><br />
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<b><i><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Jesse And The Ancient Ones</span></i></b></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<br /></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Publicado em </span><a href="http://www.rocknheavy.com/%C3%A1lbuns/jess-and-the-ancient-ones-jess-and-the-ancient-ones" target="_blank"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Rock n'Heavy</span></a></div>
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<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">As paisagens mágicas e invernais da Finlândia continuam a ser o húmus
perfeito para o desabrochar de mandrágoras musicais como Jess and The
Ancient Ones (JATAO). De facto, a inspiração lírica para a música da
banda inscreve-se no manancial mitológico, lendário e mágico da cultura
nórdica, logo uma análise simbólica encontraria provavelmente
paralelismos e nexos semânticos entre as letras da banda e o misticismo
de epopeias poéticas como o Kalevala.<br />Atualmente
assiste-se a uma crescente proliferação de bandas que se inscrevem no
âmbito do Occult Rock/Metal, mas estes finlandeses conseguem, logo à
partida, criar um espaço próprio à margem dos cânones de qualquer
género. No entanto, há aqui reminiscências de Black Sabbath, Iron
Maiden, Mercyful Fate e das sonoridades prog e psicadélicas das décadas
de 60/70.<br />Para
dar corpo a esta mundividência musical, a banda conta com os préstimos
dos seus três guitarristas, dos omnipresentes teclados de Abraham e de
uma secção rítmica que conta com Fast Jake no baixo e Yussuf na bateria.
Mas a “alma mater” desta formação é a demiúrgica e hermética vocalista,
Jesse, uma sílfide obscura que é um portento de expressividade rock,
cujas valências interpretativas assentam na beleza sublime do timbre
peculiar da sua voz.<br />No
primeiro tema, “A prayer of Death and Fire”, com os guitarristas em
alta rotação nota-se que a voz de Jesse é quase ofuscada pela
intensidade vibrante dos instrumentos, no entanto, as vocalizações
lancinantes, especialmente ao nível do refrão, enriquecem a matriz
melódica da canção e conferem-lhe uma dimensão muito hard rock.<br />“Twilight
Witchcraft” está profundamente enraizada na matriz da banda, visto que é
ainda mais nefelibata, soturna, hermética e saturniana. Neste segundo
tema, Jesse começa progressivamente a ganhar preponderância na orgânica
musical.<br />A
elegia épica “Sulfur Giants” é o primeiro momento grandíloquo do álbum.
Bruscamente há uma transição do registo inicial – atmosférico e etéreo –
para uma toada psicadélica pautada por uma guitarra ritmo obsidiante,
linhas de baixo obsessivas e voluptuosas e solos vertiginosos dos
guitarristas. Mas, prolongando-se por mais de doze minutos, há ainda
tempo para nova desaceleração e a sonoridade volta a tornar-se mais
avant-garde e experimental. Neste momento, Abraham demonstra virtuosismo
nos teclados. Depois, enquanto a percussão passa do trote para um
galope marcial, o tema desenvolve-se em crescendo e Jesse projeta a voz
em toda a sua amplitude.<br />À
medida que avançamos, notamos que a banda manifesta uma predileção
nítida pela complexificação rítmica e melódica dos temas. Com efeito,
“Ghost Riders” apresenta algumas similitudes com o tema anterior,
particularmente ao nível da toada galopante e em conformidade com a
imagem suscitada pelo título.“13th
Breath of the Zodiac” é um tema mais linear e rock, pautado por uma
conjugação dos instrumentos e da voz. Sendo um tema mais direto, talvez
por isso tenha sido inicialmente lançado como single, visto que
apresenta a arquitetura orgânica necessária para cativar os amantes do
género: uma profusão instrumental de guitarras digladiando-se, um baixo
pulsante e oscilações tímbricas evidentes.<br />O
momento mais surpreendente do álbum é, sem dúvida, “The Devil (in
G-minor)”. Inesperadamente, encontramos uma atmosfera muito “arty” e a
banda faz uma incursão pelos territórios do jazz. Jesse e os restantes
elementos da banda demonstram um ecletismo insigne, facto que abre um
imenso leque de possibilidades para aquilo que o futuro nos reserva em
termos da evolução deste projeto.<br />Por
último, “Come Crimson Death” brinda-nos com toda a qualidade lírica
recorrente em JATAO. Na verdade, o tema é quase uma síntese dos motivos
recorrentes neste universo musical: variações e circunvalações rítmicas,
solos meteóricos e coruscantes, devaneios melódicos e teclados
lúbricos. A ponta final da canção é particularmente entusiástica, quase
procurando de forma insidiosa inculcar a noção de que o tema se vai
prolongar um pouco mais, mas, de súbito, a canção termina.<br />O
álbum de estreia de Jesse And The Ancient Ones é uma filigrana delicada
que conquistará todos aqueles que apreciam sonoridades ecléticas. A
banda cria música sob o signo da diversidade e se há momentos em que a
música lembra bandas icónicas do heavy e do hard rock, não é menos
verdade que estes músicos conseguem integrar a dose certa de
experimentalismo para inscreverem este disco como umas das estreias
mais auspiciosas de 2012. </span><br />
<br /></div>
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="360" src="http://www.youtube.com/embed/i_3b8ojfwLc?feature=player_embedded" width="640"></iframe>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/04941813011681113164noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2930251294653631572.post-59803736342276352662013-09-02T07:37:00.001-07:002013-09-02T08:08:15.714-07:00The Smashing Pumpkins - Oceania<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiI_sxVR5DQqdSLrBfT4zl9TqOtB5nTdEaVxofUJCwbCIytXi__VPqHSmWtbnEjSNN8kHQcTQ6p4qBbBdHkC75EdlcvMEUzyfbqK3yA-GDYDBJAv_nzBqA_HrbW8fsQk5zqjW85kbdVBwQa/s1600/The-Smashing-Pumpkins-.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiI_sxVR5DQqdSLrBfT4zl9TqOtB5nTdEaVxofUJCwbCIytXi__VPqHSmWtbnEjSNN8kHQcTQ6p4qBbBdHkC75EdlcvMEUzyfbqK3yA-GDYDBJAv_nzBqA_HrbW8fsQk5zqjW85kbdVBwQa/s400/The-Smashing-Pumpkins-.jpg" width="400" /></a></div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="text-align: justify;"><b>THE SMASHING PUMPKINS</b></span></span><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"><b></b></span><br />
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<b><i><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Oceania</span></i></b></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">19 de junho de 2012, via EMI</span></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Publicado em </span><a href="http://www.rocknheavy.com/%C3%A1lbuns/the-smashing-pumpkins-oceania" target="_blank"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Rock n'Heavy</span></a></div>
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<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="text-align: justify;">Integrado no megalómano projeto
conceptual – “Teargarden by Kaleidyscope” – iniciado em 2009, “Oceania”
é, como referiu Corgan, “um álbum dentro de um álbum”, referindo-se ao
facto de este último trabalho constituir uma forma de revitalizar o seu
próprio processo criativo, uma vez que já estaria exaurido o formato de
divulgação individual de canções via internet.</span><br /><br />Surpreendentemente,
logo na primeira audição, “Oceania” (esquecendo a lengalenga
conceptual) soa como algo produzido por uma verdadeira banda e não como
um mero sucedâneo egocêntrico produzido por um pequeno génio musical no
seu estúdio particular. Depois da surpresa inicial, e quando os nossos
recetores melódicos estão já sintonizados, há uma nostalgia revivalista
que começa a fervilhar libidinosamente. Subitamente, aquele pulsar
nebuloso do baixo que escutamos em “Quasar” começa a soar muito àqueles
Pumpkins a que dissemos (supostamente) adeus naquele concerto memorável,
em 2000, no Estádio do Restelo.<br />Na
verdade, Corgan é, em qualquer tempo e lugar, um soberbo compositor e o
manancial melódico que nos oferece logo nas primeiras faixas do álbum é
prodigioso. Em “Quasar” a linguagem evanescente das guitarras é o
complemento ideal para as vocalizações características de Corgan. O
devaneio hipnótico de “Panopticon” é inquietante. “The Celestials”
explora a abordagem delicodoce e acústica. “Violet Rays” é uma balada
atmosférica e apaixonante, que lembra os momentos mais sedutores de
“Mellon Collie” e que estabelece nexos com, por exemplo, “Tonight,
Tonight”. “My Love is Winter” é uma pérola de lirismo amoroso. A
eletrónica e dançável “One Diamond, One Heart” nunca chega
verdadeiramente a descolar e será porventura um dos momentos menos
cativantes de “Oceania”, até porque a batida catatónica e os versos
redundantes tornam o tema demasiado linear e algo enfadonho. “Pinwheels”
é uma canção que tem despertado sensações diversas mesmo entre os
elementos da banda e que precisaria talvez de uma abordagem diferente.
“Oceania”, com os seus teclados etéreos, lembra paisagens marinhas ou
celestiais. Deve enfatizar-se também a predominância da secção rítmica
que constrói o húmus sonoro sobre o qual se cruzam as diferentes
cambiantes melódicas. A surreal “Pale Horse” parece construída em torno
de um riff de guitarra singular e essa redundância rítmica consegue
criar efeitos verdadeiramente hipnóticos. A propósito do tema seguinte,
“The Chimera”, Corgan esclareceu que a canção nasceu de um improviso de
guitarra entre gravações, com efeito, sente-se aqui a preponderância da
guitarra, mas em comparação com o anterior, este é bem mais rápido e
enérgico, sendo que os devaneios da guitarra são aqui verdadeiramente
preponderantes. “Glissandra” tem um travo a shoegaze e invoca ambiências
dos anos oitenta e noventa, sendo que em termos instrumentais apresenta
particularidades verdadeiramente cativantes ao nível dos efeitos que
são introduzidos na guitarra de Corgan. “Inkless” vai deslumbrar todos
os fãs do “Siamese Dream”, visto que nenhum outro momento do álbum soa
tanto ao material mais antigo dos Pumpkins. Corgan afirma que o solo de
guitarra neste tema lembra os Queen, sendo algo verdadeiramente insólito
na música atual, visto que abdica completamente da guitarra ritmo de
forma a salientar a pureza cristalina do som da guitarra solo.<br />A
saturniana “Wildflower” encerra o álbum numa toada melancólica que é
reiterada pela circularidade sonora evidenciada ao longo de todo o tema.
Melodicamente, as variações são muito subtis e há uma linha sequencial
que escutamos de forma recorrente até que o álbum encerra imbuído nesta
aura de hino elegíaco.<br />Com
efeito, reencontramos, em “Oceania”, alguns dos aspetos que fizeram da
sonoridade dos Pumpkins uma referência incontornável na música da década
de noventa. Assim sendo, há aqui uma musicalidade que nos embala em
ondas de nostalgia, e a essa experiência revivalista alia-se,
ocasionalmente, algum experimentalismo, ainda que, a utilização dos
teclados seja, porventura, excessiva.<br /><br />“Oceania” é, de facto, uma
oportunidade para nos deixarmos enlevar pela antiga mística dos
Pumpkins, no entanto, resta esperar que este não seja um fugaz fogo de
Santelmo num imenso oceano de águas paradas. </span><br />
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/RACfdjCWuzU?list=PLC3AC3E75CD868726" width="560"></iframe>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/04941813011681113164noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2930251294653631572.post-19908163370859832212013-09-02T07:29:00.002-07:002013-09-02T08:41:23.604-07:00Gojira - L' Enfant Sauvage<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGXSGkOo0AAtDQ2wgkaNnMD0Hc9K2OXbQ-E7X93081xTN-pLZ9ZQSh6ocaZ-rVLgkrnc1oaHaxLDlUqTSWKhhKtmdt_Wv4NHnXbdx6lS60_WgsRUa1sxXT_a8kMl__N861TvQdKcO24xJ9/s1600/Cover65.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGXSGkOo0AAtDQ2wgkaNnMD0Hc9K2OXbQ-E7X93081xTN-pLZ9ZQSh6ocaZ-rVLgkrnc1oaHaxLDlUqTSWKhhKtmdt_Wv4NHnXbdx6lS60_WgsRUa1sxXT_a8kMl__N861TvQdKcO24xJ9/s320/Cover65.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>GOJIRA</b></span><br />
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<b><i><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">L'Enfant Sauvage</span></i></b></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">26 dejunho de 2012, via Roadrunner</span></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<br />
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Publicado em </span><a href="http://www.rocknheavy.com/%C3%A1lbuns/mena-brinno-princess-of-the-night" target="_blank"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Rock n'Heavy</span></a></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
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Os iconoclastas e inconfundíveis franceses Gojira divulgaram
recentemente – “l’Enfant Sauvage” – o sucessor de “The Way Of All Flesh”
(2008). Depois de terem ascendido a pulso na cena underground do death
metal gaulês e alcançado o zénite com “From Mars to Sirius”, cada novo
trabalho dos Gojira cria as mais altas expectativas nas hordas de fãs
que ainda chocalham invariavelmente as meninges encefálicas ao som de
“Ocean Planet" e "The Heaviest Matter Of The Universe." Neste “status
quo”, o regresso da banda ao estúdio para gravar um novo álbum terá sido
certamente um processo complexo (como se percebe pelo longo
interregno), visto que há sempre que optar entre a inovação ou a
reiteração de uma fórmula de sucesso.<br />
Em
“l’Enfant Sauvage”, os Gojira optam por seguir o caminho mais seguro e
voltam à carga com a sonoridade que os notabilizou. Em termos líricos,
sente-se que Joe Duplantier procurou expandir o leque de temas
utilizados, investindo numa abordagem mais intimista, pessoal e
existencial de forma a produzir uma reflexão sobre a condição humana em
geral, e acerca da sua própria situação enquanto ser social. No entanto,
a mesma força telúrica que inspirava os trabalhos anteriores permanece
inabalável, logo na música dos Gojira perdura o influxo atlântico da
Gasconha e ainda se escutam os ecos das escarpas rochosas do país basco
(recorde-se que Mario Duplantier é um adepto do surf e que Jean-Michel
pratica “mountain biking”)<br />
.Um
dos destaques do álbum irrompe à segunda faixa com o tema título
“L’Enfant Sauvage”, de facto, em linha com a vocação telúrica dos Gojira
aponta-se, liricamente, para aqueles que são os fios condutores do
álbum: a liberdade e a verdadeira natureza da condição humana centrada
na dialética entre o instinto primevo – o nosso lado animal – e a razão –
a dimensão civilizacional. Musicalmente, exibem-se os argumentos
característicos da banda com uma forte presença da secção rítmica,
nomeadamente, ao nível da percussão, que é, de forma recorrente, um dos
motivos mais sublimes na sonoridade da banda. Em “The Axe” o pedal duplo
de Mario Duplantier instaura o caos nos momentos mais dinâmicos do
tema. A revoada elétrica das guitarras, o baixo insinuante e as
vocalizações ríspidas e lancinantes conferem-lhe também grande
intensidade. Quando chegamos a “Liquid Fire”, Joe Duplantier já tem a
garganta bem quente e o fluir das palavras é corrosivo, abrasando os
nossos tímpanos com esse “fogo líquido”.<br />
Em
“The Wild Healer” há uma inflexão em termos de sonoridade, criando-se
um hiato instrumental que marcará a transição para aquela que é,
porventura, a parte mais apelativa do álbum. “Planned Obsolescence” é um
tema metamórfico e heterogéneo com flutuações rítmicas e diversas
amplitudes sonoras. A próxima, “Mouth Of Kala”, é uma malha heavy que
combina a dose perfeita de peso e melodia, aliando uma forte componente
onírica e nefelibata à densidade atmosférica e emocional. O último
destaque vai para “Pain is a Master” pela sua diversidade melódica, ora
extravasando energia através de riffs agrestes e uma bateria semelhante a
uma arma antiaérea em rápida cadência de disparos tracejantes, ora
desacelerando para cadências sincopadas onde abunda a exploração dos
metais da percussão e as vocalizações artificialmente sublimadas.<br />
Indubitavelmente,
“L’Enfant Sauvage” é um bom álbum de Gojira, no entanto, essa
identidade é também o seu calcanhar de Aquiles, porque se esquecermos a
cativante prestação do vocalista e as variações rítmicas constantemente
introduzidas pelo bateria e pelo baixo, que oscilam entre a pulsação
groove e a descarga trovejante do death, este álbum não seria tão
eletrizante, na medida em que, carregaria o inolvidável estigma do déjà
vu.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/IV8z3H-9Dy0" width="560"></iframe>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/04941813011681113164noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2930251294653631572.post-81323658507810296762013-09-02T07:13:00.002-07:002013-09-02T08:08:47.237-07:00Baroness - Yellow & Green<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieW9BNmxreyCAOURRliZDhol0TS_TI9Xs-_fPV01CHJ3vT_63KxxX9Hv7mvaQy_LIdraoWIi5k8MhfQFwx3eyhhqDBlX3Y8ZKxmSGKf-6IrIqyepejOIdHjWv8bDviZj9MhJtbo5N2vzzo/s1600/yellow-side-baroness.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieW9BNmxreyCAOURRliZDhol0TS_TI9Xs-_fPV01CHJ3vT_63KxxX9Hv7mvaQy_LIdraoWIi5k8MhfQFwx3eyhhqDBlX3Y8ZKxmSGKf-6IrIqyepejOIdHjWv8bDviZj9MhJtbo5N2vzzo/s400/yellow-side-baroness.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><b>BARONESS</b><i><b> </b></i></span><br />
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><i><b>Yellow & Green</b></i></span><br />
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><span class="kno-fv"><span class="kno-fv-vq fl" data-vq="/search?sa=X&biw=1920&bih=908&q=%22living+things%22+%22lan%C3%A7amento%22+%2226+de+junho+de+2012%22&stick=H4sIAAAAAAAAAGOovnz8BQMDgwAHsxKXfq6-QZZlQUGBpQOjsegG2ZcPFllITI8PP7dq_V895uURAIgefEwtAAAA">17 de junlho de 2012</span></span>, via Relapse records</span><br />
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">Publicada em <a href="http://LINKIN PARK Living Things 26 de junho de 2012, via Warner Bros Publicada em Rock n´Heavy" target="_blank">Rock n´Heavy</a></span><br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br />
<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">A paleta de cores utilizada nos “artefactos” musicais dos Baroness continua a evoluir no
sentido de uma maior expressividade policromática. Esteticamente, o novo duplo trabalho
– “Yellow & Green” – assemelha-se a uma caleidoscópica fusão entre o “cloisonnisme”
alegórico de Paul Gauguin e o surrealismo visionário e psicadélico de Mati Klarwein – pintor
que, inspirado pelas suas viagens pelo Tibete, Índia, África e América, se interessou pelo
simbolismo, paisagens e divindades externos ao cânone ocidental, sendo que os seus quadros
foram frequentemente utilizados nas capas dos discos mais progressivos da sua época
(Ex. “Abraxas”, Santana, 1970).
<br /><br />Esta dimensão pictórica deve-se ao facto de John Dyer Baizley, o vocalista da banda, aliar, à
vocação musical, um refinado talento para a ilustração, sendo responsável por criar toda a
arte utilizada, quer nos álbuns, quer em todo o merchandising da banda. Baizley, com efeito,
não deixa de salientar que encara os Baroness como um projeto artístico multifacetado, uma
vez que letras, música e ilustrações são colocadas no mesmo patamar e encaradas como
verdadeiros “artefactos”.
<br /><br />Com efeito, “Yellow & Green” é na sua globalidade conceptual semelhante ao deus dos
dois rostos contrapostos – Jano – visto que há uma nítida ambivalência entre os dois discos,
se “Yellow” faz, em certa medida, a ponte com o “Blue Record”, ainda que o ênfase na
componente melódica seja agora maior do que no álbum de 2009; “Green” distancia-se
do “Red Album” e do “Blue Record”, mas sem que aqui se possa adivinhar qualquer sistema
relacional do tipo Inferno/Purgatório/Paraíso, porque “Green” representa uma nova dimensão
completamente autónoma no universo dos Baroness.
<br /><br /><b>I ATO – “Yellow”
</b><br /><br />Confrontados com um objeto artístico de elevado espectro metafórico e simbólico, uma
consulta da obra de referência de J. Chevalier e A. Gheerbrant permite aclarar algumas das
zonas de sombra em torno da tecitura conceptual do álbum; note-se o que nos dizem aqueles
autores sobre a simbologia do amarelo: “Intenso, violento agudo à estridência, ou amplo e
ofuscante como metal em fusão, o amarelo é a mais quente, expansiva, a mais ardente das
cores, difícil de esvanecer, e que extravasa sempre os limites em que se pretende encerrá-
la.” “Yellow” reúne todas essas qualidades, sendo, na verdade, o lado solar deste novo
trabalho dos Baroness.
<br /><br />Como disse Kandinsky: “O amarelo tem uma tal tendência para o claro que não pode haver
amarelo muito escuro”. Assim, depois do instrumental inicial, “Take My Bones Away” explode
com toda a luminescência de uma supernova eletrizante. Ainda no início, a banda não receia
elevar a fasquia ao mais alto nível de exigência e debita um verdadeiro hino heavy. A mesma
toada frenética, agora com a secção rítmica a puxar dos galões, surge na voluptuosa “March
To The Sea” com linhas gulosas de baixo a provocarem explosões de sinapses nos nossos
lóbulos auditivos. A ligação umbilical com os primeiros trabalhos da banda começa a esvanecer
quando ouvimos “Litle Things”; mas quando os acordes acústicos de “Twinkler” deflagram
como efémeros pirilampos num horizonte de sombras, aí é que sentimos até à medula a
evolução expressiva, emocional e musical da banda. “Cocainium” é uma viagem psicadélica
que culmina com uma diatribe de distorção pautada pelo ritmo catatónico do baixo. Do
tríptico musical que compõe o final de “Yellow”, destaca-se “Eula”, na verdade, se “Take My
Bones Away” era a face de Jano que ainda olhava de soslaio para o passado, “Eula” é um piscar
de olhos para o futuro. Juntas compõem os momentos mais sublimes de “Yellow”, sendo que
o último tema explora de uma forma ainda mais arrebatadora o potencial lírico e o virtuosismo
da banda. Melodicamente irresistível e subliminarmente sedutora, “Eula” deixa uma marca
indelével nas zonas mais sensíveis do nosso hipotálamo.
<br /><b><br />II ATO – “Green”
</b><br /><br />“Equidistante do azul celeste e do vermelho infernal, ambos absolutos e inacessíveis, o
verde, valor médio, mediador entre o calor e o frio, o alto e o baixo, é uma cor tranquilizante,
refrescante, humana.”
<br /><br />O instrumental “Green Theme” é uma ode paradoxal que se movimenta com a natureza
esquiva da cascavel, deambulando entre a ataraxia e o frenesim esquizofrénico. A vocação
mais experimental de “Green” começa a adivinhar-se em “Board Up The House”, e na etérea
e vaporosa “Mtns. (The Crown & Anchor)”. Quando entramos em “Foolsong”, as paisagens
sonoras percorridas são extremamente diáfanas e estimulam áreas do nosso cérebro que
não esperávamos que fossem tocadas por uma banda com a matriz heavy dos Baroness, no
entanto, a exploração melódica das canções é tão profunda que se aproxima do evisceramento
da tecitura emocional.
<br /><br />“O verde conserva um caráter estranho e complexo, que provém da sua polaridade dupla: o
verde do rebento e o verde do mofo, a vida e a morte.”
<br /><br />O verde é “imagem das profundezas e do destino”, a melancólica “Collapse” inscreve-se na
dimensão mais saturniana do verde. “Psalms Alive” traz a energia oculta e hermética da seiva
que alimenta a verticalidade do verde, inscrevendo-se na dimensão mais apolínea e palpitante
da vida, sendo que o pulsar cardíaco do baixo nos recorda precisamente essa circunstância
vivificante.
<br /><br />“Stretchmarker” funciona como prelúdio instrumental para a tensão dramática instalada
aquando da abertura de “The Line Between” e que extravasa numa profusão de distorção e
teclados groovy, até que “If I Forget Thee, Lowcountry” encerra o álbum numa toada intimista
e atmosférica.
Com “Yellow & Green”, os Baroness criaram um objeto artístico singular e esteticamente
complexo que apela a uma intervenção ativa de cada um de nós no processo criativo e
na dimensão instaladora da arte. Com a sua polifonia, amplitude metafórica, composição
alegórica e carga simbólica, este – “artefacto” – pode ser convertido, através na nossa própria
ação transformadora, num verdadeiro objeto estético, algo que só acontece quando estamos
perante uma sublime obra de arte.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/4V0N1x675FQ" width="560"></iframe>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/04941813011681113164noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2930251294653631572.post-79981227913872430222013-05-25T07:39:00.002-07:002013-05-25T07:39:46.043-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhv3ssMezk-8ycm7FCwmsVcTMJiiqiWfiOnnSBq_sS3nKl4JA2OSS80InQPi-srQG2g1y6mF-hwKW6hP0L3Ne1H1gHbWpOl0H_FxlY07Ww4NBP3LR3bRbHt96mQ6h0lSPYzjLk1vk0p_V5A/s1600/living-things--official-cover-art-extralarge_1334596035400.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhv3ssMezk-8ycm7FCwmsVcTMJiiqiWfiOnnSBq_sS3nKl4JA2OSS80InQPi-srQG2g1y6mF-hwKW6hP0L3Ne1H1gHbWpOl0H_FxlY07Ww4NBP3LR3bRbHt96mQ6h0lSPYzjLk1vk0p_V5A/s320/living-things--official-cover-art-extralarge_1334596035400.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><b>LINKIN PARK</b></span><span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><i><b> </b></i></span><br />
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><i><b>Living Things </b></i></span><br />
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><span class="kno-fv"><span class="kno-fv-vq fl" data-vq="/search?sa=X&biw=1920&bih=908&q=%22living+things%22+%22lan%C3%A7amento%22+%2226+de+junho+de+2012%22&stick=H4sIAAAAAAAAAGOovnz8BQMDgwAHsxKXfq6-QZZlQUGBpQOjsegG2ZcPFllITI8PP7dq_V895uURAIgefEwtAAAA">26 de junho de 2012</span></span>, via Warner Bros </span><br />
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">Publicada em <a href="http://www.rocknheavy.com/%C3%A1lbuns/linkin-park-living-things" target="_blank">Rock n´Heavy</a></span><br />
<br />
<br />
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">Depois de um interregno de cerca de dois anos, chegou aos escaparates o sucessor de “A
Thousand Suns”. “Living Things” marca o regresso às diatribes musicais de um nos nomes
incontornáveis da fusão metal/rap – Linkin Park – a banda de Mike Shinoda e Chester
Bennington.
</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">Recorde-se que, para este novo álbum os Linkin Park decidiram “go down to basics” e
extirparam das canções todos os elementos supérfluos. Não admira por isso que o álbum seja
pleno de imediatismo, disparando velozmente cada um dos temas que o compõem.
<br />Há agora uma maior diversidade implícita na paleta referencial da banda. Na verdade, “Living
Things” tem, em determinados momentos, ecos de sonoridades das décadas de oitenta e
noventa, mas provavelmente o aspeto mais peculiar serão as ocasionais referências folk que
encontramos neste trabalho.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">O álbum começa em alta rotação com o frenesim eletrónico de “Lost in The Echo”. Com
sintetizadores acidulantes intercalados por batimentos sincopados. Irrompendo em convulsão,
este tema faz a ponte com “A Thousand Suns” – Bennington a pautar melodicamente a faixa e
Shinoda a romper ocasionalmente no rap.
“In My Remains” apresenta partes rítmicas que lembram uma marcha militar com cadências
bem marcadas. </span><br />
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">Esporadicamente, o toque de caixa, em pano de fundo, assume algum
destaque, enfatizando ainda mais a vocação mavórtica do tema. Também em termos líricos há
uma aposta na imagética bélica com versos como “Like an army falling one by one by one”.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">Em relação ao primeiro single "Burn It Down", a banda afirmou que este tema se destaca no
conjunto do álbum pela sua energia e pelas intensas melodias eletrónicas. A canção relaciona-
se liricamente com a cultura pop atual onde se investe na tentativa de fazer de algo a sensação
do momento, para, mais tarde, pura e simplesmente o destruirmos. Com vocalizações enfáticas
e melodiosas e a batida “orelhuda” (que o tornam extremamente dançável) este tema cumpre a
sua função radiofónica, mas realmente não traz nada de novo ao universo da banda.
<br /><br />“Lies Greed Misery” convoca todo o potencial de Shinoda para debitar palavras assertivas,
contrastando com as vocalizações agressivas de Bennington, construindo um dos temas mais
diretos e virulentos do álbum.
<br />Segue-se nova profusão de agressividade com “ I’ll Be Gone”, mas agora são as guitarras que
tomam conta das operações, conferindo a este tema uma intensidade e emoção muito heavy.
O momento seguinte deve ser enfatizado no seio do álbum, “Castle of Glass” – o tema mais
iconoclasta de “Living Things” – oferece ressonâncias folk e vocalizações limpas, mas sempre
com uma energia muito rock. Shinoda dá ao tema uma interpretação singular na carreira da
banda e a riqueza lírica confere-lhe roupagens crepusculares e emotivas.
<br /><br />O núcleo central de “Living Things” adquire ainda maior preponderância, quando ao tema
anterior se junta o fulgor punk-rock de “Victimized”. Tudo aqui é explosivo e enérgico, as
guitarras são flamejantes e as vocalizações brutais.
“Road Untraveled” é um momento de rutura com o frenesim elétrico, visto que esta balada
melancólica aponta baterias à vocação mais introspetiva e emocional de Bennington.
“Skin to Bone” continua na senda do tema anterior, promovendo descontinuidades em relação
a sonoridades mais heavy, mas agora com uma dimensão mais eletrónica. <br />No entanto, sendo
um tema lírica e ritmicamente linear, acaba por pautar-se pela mediania valorativa.
“Until it Breaks” utiliza os ritmos mais futurísticos e eletrónicos; segue-se o instrumental “Tinfoil”
e por fim a balada outonal “Powerless”.
No final “Living Things” parece pautado por uma “aurea mediocritas” horaciana, visto que
não há no álbum verdadeiros rasgos de conceção e criatividade. A exceção que confirma a
regra é “Castle of Glass” e, de facto, os Linkin Park neste tema construíram algo de ímpar no
contexto deste último trabalho.</span></div>
<br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="400" src="http://www.youtube.com/embed/dxytyRy-O1k?feature=player_embedded" width="750"></iframe>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/04941813011681113164noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2930251294653631572.post-48231958953474421762013-05-25T07:18:00.005-07:002013-05-25T07:22:49.179-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyAlgbPzrtdqmWFFbyJdR630VDMXs-OXf6qOQ6DhMQcpF2bfXDki1pC_FB0TMoieWXoEX8tFRgfsRUivAYJ0cvC2yLqHI_2IB-dOzGufWyjj1RH9qXvGwrZl7aWyYHYFbCt2m9-etUrYBy/s1600/86ca0715be55c47a6cd8e8c9c823d462.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="317" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyAlgbPzrtdqmWFFbyJdR630VDMXs-OXf6qOQ6DhMQcpF2bfXDki1pC_FB0TMoieWXoEX8tFRgfsRUivAYJ0cvC2yLqHI_2IB-dOzGufWyjj1RH9qXvGwrZl7aWyYHYFbCt2m9-etUrYBy/s320/86ca0715be55c47a6cd8e8c9c823d462.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="color: #333333;"><span class="Apple-style-span"><b>THE OFFSPRING</b></span></span></span></span><br />
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="color: #333333;"><i>Days Go By”</i></span><br />26 de junho de 2012 via Columbia</span></span><br />
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">Análise publicada em <a href="http://www.rocknheavy.com/%C3%A1lbuns/the-offspring-days-go-by" target="_blank">Rock n'Heavy </a><span class="Apple-style-span" style="color: #333333;"><br /></span></span></span>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="color: #333333;"><br /></span></span></span>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="color: #333333;"><br /></span></span></span>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="color: #333333;"><br /></span></span></span>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br />
<br />
<br />
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">Muitos dias passaram, desde que, em 1984, <b>Dexter Holland</b> e <b>Greg Kriesel</b>
saíram de um concerto de Social Distortion com o desejo de criar uma
banda.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">Depois de, em 1989, terem lançado o álbum de estreia “<b>The
Offspring”</b>, de facto, este é já o nono trabalho de longa duração de uma
longa carreira musical.
Fatalmente, o título escolhido expressa, de forma premonitória e
sibilina, uma realidade irrefutável: a roda do tempo não cessa de girar e
tudo aquilo que já atingiu a plenitude tende a cair em declínio.
<br /><br />Os primeiros temas de “<b>Days Go By</b>” ligam-se, semanticamente, a
essa circunstância de tempo. Em “<b>The Future is Now</b>” canta-se: “They’re
coming after me/ Flashback 1984/ Now who’s knock-knocking at your
door?”, na verdade, há ao longo deste tema deambulações temporais
direcionadas para sentimentos de frustração, desespero, depressão e
fatalismo que culminam na aniquilação: “I’ll sink into the night/ And
I’m turning off the lights/ Cause the future is here/ And this is how I
disappear.” </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />O tema seguinte “<b>Secrets From The Underground</b>” é o contraponto
enérgico, visto que depois da abulia inicial há aqui alguma da energia
que recorda os Offspring de outros tempos: “Hey, no, no” I'm not good at
going away/ I got something more to say/ Kick it, screaming, I knock
you down, and knock you down”, no entanto, as palavras soam mais como um
“pastiche” anárquico do que como um verdadeiro sentimento de revolta. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />O homónimo “<b>Days Go By</b>” é o primeiro single e parece talhado para
ser usado e abusado através das frequências da rádio. Esqueçam
sonoridades alternativas, porque isto é música para ouvir a toda a hora e
em todo o lugar – das filas dos autocarros às casas de banho dos
centros comerciais. Liricamente, temos mais do mesmo, uma vã tentativa
de não cair no abismo do esquecimento através de uma cíclica renovação:
“Those days go by and we all start again/ What you had and what you lost
/ They're all memories in the wind / Those days go by and we all start
again”, todas estas palavras podem ser metaforicamente associadas ao
infrutífero esforço de uma banda que procura reinventar-se musicalmente,
mas sem abandonar os cânones que garantam o sucesso da comercialização.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />Dexter Holland salva “<b>Turning In To You</b>”, conferindo-lhe algum
dinamismo e diversidade. “Hurting as One” é uma aproximação à sonoridade
mais convencional dos Offspring. Assemelhando-se a uma “Something To
Believe In” ultrapasteurizada e aquecida no micro-ondas.
<br />“<b>Cruising California (Bumpin' In My Trunk)</b>” é um daqueles momentos
em que todos os que continuam a ouvir o “Smash” devem fazer
“fastforward”, porque este é um tema inconsequente, “non-sense” e
dançável – ao estilo mardi gras. O mesmo movimento pode ser aplicado à
delicodoce balada “<b>All I Have Left Is You</b>”.
<br /><br />Paradoxalmente, são os últimos temas de “<b>Days Go By</b>” que acabam
por, em certa medida, abrilhantar o álbum. “<b>Oc Guns</b>” vai despertar
sentimentos antagónicos entre os fãs, mas a forma como combina ritmos
tropicais com sonoridades que parecem saídas de “El Mariachi”, acaba por
conferir aquela nota de singularidade que não produzira efeitos em
“Cruising California.” <br />A operação cosmética efetuada em “<b>Dirty
Magic</b>” (Ignition,1992) confere uma áurea de nostalgia a este momento e
envolve-o nessa magia única dos inícios da década de noventa.
“<b>I Wanna Secret Family (With You)</b>” é o tema menos forte deste final,
garantindo, no entanto, uma intensa prestação vocal de Holland apoiada
por riffs simples e diretos.
“<b>Dividing by Zero</b>” é o tema mais apelativo do álbum. A fricção elétrica
inicial indicia o cataclismo de velocidade e energia que a banda
incutirá ao longo da música. Na verdade, este será, provavelmente, um
dos temas mais fiéis há identidade da banda, até porque encontramos aqui
alguma daquela virulência adocicada caraterística dos primeiros tempos
dos Offspring.
<br />“<b>Slim Pickens Does The Right Thing And Rides The Bomb To Hell</b>”
encerra o álbum com a sua toada punk/rock, guitarras recorrentes, muita
distorção e a ocasional imprecação obscena, lembrando-nos que, apesar do
início titubeante, este é um álbum de Offspring: “Dance fucker Dance,
let the motherfucker burn! -hey!”
Concluindo, aqui está um trabalho que o produtor Bob Rock (Metallica,
Aerosmith) não conseguiu desvirtuar completamente do seu cariz
alternativo, ainda que não tenha ficado longe de exacerbar a faceta mais
convencional e comercial da banda.</span></div>
<br><br>
<iframe width="750" height="400" src="http://www.youtube.com/embed/Y5Zy2GkWVFs?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/04941813011681113164noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2930251294653631572.post-4533942522123589522013-05-23T08:35:00.000-07:002013-09-02T07:32:52.540-07:00<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2zHt8TeLGBDhjegvKO_DS4MzHnxCGMU1L3MGcq_Q124FR8MRhInfd69U69PXDLXy7dWHJi3rY0zJOT9CxPnVrUUaFuGQkcEuAQGM6ViFcU2gM9LVY8KphK_ZVKG2oji8lQ4N4iTnJI7tf/s1600/La+Chason+Noire+-+Cabaret+Portugal.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; cssfloat: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2zHt8TeLGBDhjegvKO_DS4MzHnxCGMU1L3MGcq_Q124FR8MRhInfd69U69PXDLXy7dWHJi3rY0zJOT9CxPnVrUUaFuGQkcEuAQGM6ViFcU2gM9LVY8KphK_ZVKG2oji8lQ4N4iTnJI7tf/s320/La+Chason+Noire+-+Cabaret+Portugal.jpg" width="320" ya="true" /></a> </div>
</div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
</div>
</div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>LA CHANSON NOIRE</b></span><br />
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<b><i><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Cabaret Portugal</span></i></b></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">01 de abril de 2012, via Raising Legends</span></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Publicado em </span><a href="http://www.discogs.com/La-Chanson-Noire-Cabaret-Portugal/release/3733787" target="_blank"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Rock n'Heavy</span></a></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<br /></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<br /></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<br /></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<br /></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<br /></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Depois da estreia com “<b>Música Para os Mortos</b>”, chegou recentemente aos escaparates nacionais, “<b>Cabaret Portugal</b>”, a nova opus negra de <b>Carlos Monteiro</b> (aka <b>Charles Sangnoir</b>). Extirpando qualquer lirismo saudosista, encontramos neste trabalho a interpretação brejeira de uma portugalidade que se arrasta pelas ruas da amargura com o ar ufano, narcísico e libidinosamente provocador das putas tristes de Garcia Márquez.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Entre os cicerones que acompanham esse deambular venéreo e saturniano, encontramos epígonos da cultura nacional como <b>Adolfo Luxúria Canibal</b>, <b>Fernando Ribeiro</b>, <b>Pedro Laginha</b> e <b>Nuno Markl</b>, entre cerca de 30 figuras incontornáveis das artes lusas, que não deixaram de dar o seu contributo para a construção polifónica deste “<b>Cântico Negro</b>”, a lembrar <b>José Régio</b>.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>Pedro Laginha</b> dá voz à poesia de “<b>Uma Cruz à Porta</b>”, uma soturna melopeia de imagética báquica acompanhada ao piano. Expressão de um lirismo de pendor dionisíaco inserido num ambiente de bacanália bucólica, que culmina com a eloquente elocução: “Despojemo-nos de avisos e roupagens e afetos e corramos nus pela floresta a gritar a morte do amor até que a dor nos funda os ossos”.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">“<b>Correr cansado</b>” traz consigo a energia viril das guitarras irmanadas com cordas clássicas e as notas vibrantes do piano de Sangnoir.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">A homofágica “<b>Valsa Suína</b>” arrebata-nos com a sua intensidade operática. A letra é mordaz, polémica e panfletária, criando uma alegoria báquica.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">“Piscis” é interpretada por Sangnoir, em inglês, ao piano. A aridez instrumental realça de forma contundente a crispação melódica da voz.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">“Sonho de uma noite de varão” é um hino ao excesso e aos prazeres dos sentidos, um devaneio Shakespeariano invertido e lúbrico. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">O tema homónimo “La Chanson Noire”, em francês, convoca atmosferas eletrónicas, instalando-nos num ambiente com reminiscências de cabaret e prostíbulo gótico – com densas nuvens de fumo evolando-se pelos espaços ínvios entre o perfume alucinogénico das notas e o sexo violáceo das viragos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">“Cornucópia” volta a conjugar lirismo e intensidade, surgindo intensas diatribes entre voz e piano.</span></div>
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<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div>
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<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Da escrita de Carlos Matos nasce “Uma Cena de Amor”. O autor oferece-nos o substrato lírico para um dos momentos mais orgiásticos de “Cabaret Portugal”. Pleno de fetishismo e referências bondage, o sexo é aqui retratado na sua natureza carnal, sem vestígios de sublimação ou artifícios poéticos, como só o encontramos na novíssima poesia portuguesa.</span></div>
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<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">O novo single, “Cabaret Portugal”, faz desmoronar as velhas ruínas do Quinto Império e rasga as cortinas do nevoeiro sebastianista, satirizando a natureza de uma portugalidade cada vez mais ensimesmada e inapta: “terra de navegadores que não sabem nadar” De fato, Sangnoir referiu que estamos a viver “uma nova época vitoriana, cheia de coisas interessantes, novidades estranhas, mas também de repressão e puritanismo.” E este tema parece legitimar uma interpretação à luz do “Grito do Ipiranga, para que não nos esqueçamos de fazer o que nos dá na real gana, independentemente do que o nosso vizinho de Facebook vá achar.”</span></div>
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<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div>
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<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Os anéis de saturno voltam a lançar a sua infuência durante “Ballad of the Fangs”. Ritmos downtempo e vocalizações sombrias e arrastadas, em inglês, compõem este requiem vampírico. </span></div>
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<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">“Cabaret Portugal” caminha para o final com o dueto de ressonâncias folk “Meine kleinen Toten Herzen”; a beleza sinistra e gótica da lúgubre elegia “Undead Lovers” e Pedro Laginha regressa para fechar com chave d’oiro esta orgia cíclica, ciciando aos nossos ouvidos os prazeres carnais de Astarte em “Segredos de Alcova”.</span></div>
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<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Sangnoir com Cabaret Portugal pretendia criar algo “verdadeiramente esquizofrénico”, a partir do conceito surrealista francês – “cadavre exquis” – convocando diversos colaboradores que, desconhecendo os restantes, tinham apenas como fio de Ariadne – um título! De facto, escatologicamente lúcido, o autor tinha a noção que isto “podia ter ficado uma merda.” No entanto, o resultado foi bem diferente e o álbum ficou uma put*ria do c*ralho. </span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/04941813011681113164noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2930251294653631572.post-82006542173273489662013-05-23T07:56:00.001-07:002013-09-02T07:33:01.667-07:00<b></b><br />
<div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOZf34o8vD05a0f9Op9eqwo7MeLLZQ-D6pSnMcDimzqGbK0kXFa49tMmSPRtE2P-FU8c6K0ytsTm8ehF8yMvsuUhhmdm3TAfHBEJSbIa2HcbMlAH849o9AXSOMYqNU_rquYXc_hXzvfw8R/s1600/Ulver-Childhoods-End.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; cssfloat: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="317" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOZf34o8vD05a0f9Op9eqwo7MeLLZQ-D6pSnMcDimzqGbK0kXFa49tMmSPRtE2P-FU8c6K0ytsTm8ehF8yMvsuUhhmdm3TAfHBEJSbIa2HcbMlAH849o9AXSOMYqNU_rquYXc_hXzvfw8R/s320/Ulver-Childhoods-End.jpg" width="320" ya="true" /></a></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>ULVER</b></span></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"><i><b>Childhood’s End</b></i></span></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">28 de maio de 2012, via Kscope</span></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Publicado em </span><a href="http://www.rocknheavy.com/%C3%A1lbuns/ulver-childhood%E2%80%99s-end" target="_blank"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Rock n'Heavy</span></a></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
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<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
Na senda do ecletismo que carateriza esta publicação feita de palavras, bits e bytes, continuamos a nossa busca pelo velo de ouro, tendo apenas a velada orientação de um obsidiante fio de Ariadne. Hoje as nossas deambulações pelo labirinto musical, conduzem-nos ao último trabalho dos iconoclastas Ulver. Na verdade, estes “lobos” noruegueses têm a capacidade de nos surpreender a cada novo álbum, rasgando várias camadas de pele e transmutando-se licantropicamente em diversas entidades musicais. De fato, aparentemente, pouco resta do black metal original, ao nível da sonoridade da banda, visto que, atualmente, os Ulver geram ambientes avant-garde, plenos de experimentalismo e melodia. O novo “Childhood’s End” é, inteiramente, um álbum de covers de rock psicadélico oriundo da década de 60, uma verdadeira “trip” ácida através de paisagens caleidoscópicas envoltas em nefelibatas nuvens de ópio. "Bracelets of Fingers”, um original dos Pretty Things, é o exemplo paradigmático da qualidade deste regresso ao passado. Além de ser um dos temas mais cativantes do álbum, esta versão de "Bracelets of Fingers” ganha novo dinamismo e uma vasta amplificação da sua matriz psicadélica. Depois do tema inicial, o mais longo do álbum, as músicas sucedem-se com a velocidade de estrelas cadentes, fugazes lampejos de dois ou três minutos que conferem grande vivacidade a este “Child Hood’s End”. Merecem destaque momentos como “Today”, original dos Jefferson Airplane, com um ritmo cadenciado e downtempo e uma interpretação extremamente melódica ao nível da voz de Kristoffer Rygg. “I Had Too Much to Dream Last Night”, dos Electric Prunes, é o contraponto perfeito para “Today”, pela intensidade e cavalgada rítmica que a banda impõe desde os acordes iniciais, convidando ao movimento oscilante dos corpos. Surpreendente, “66-5-4-3-2-1”, um tema pleno de distorção e energia punk-rock, que recupera o som dos ingleses Troggs. Irresistíveis os momentos mais “chill out” como a delicodoce “Everybody’s Been Burned”, “Dark is the Bark” e a melancólica e saturniana “Velvet Sunsets”. Em resumo, “Childhood’s End” escapa ao sindroma crónico característico da generalidade das compilações de covers, que geralmente se limitam ao revivalismo nostálgico. Na verdade, depois dos primeiros temas, esquecemos completamente que este não é um álbum de originais de Ulver e viajamos enlevados nesta teia sonora que hipnotiza os sentidos e nos coloca num estado de torpor melífluo. </div>
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="400" src="http://www.youtube.com/embed/9xK2IMst1X8" width="750"></iframe>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/04941813011681113164noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2930251294653631572.post-32412192558056174902013-05-22T07:49:00.000-07:002013-05-22T08:17:36.111-07:00<br />
<div class="yui-wk-div" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFMnZwln_j-bfTbz1EgRDOyiWq0vqNeU2SAEO_-jQMdfgRCB9qZB20zqAjEuNH9GJnIstdHH-SZAf_J9hdSesxXyAMnjH7vomC6NTuiyEv8edv584xVbgBTgMLeDTgGpSYoPXrWEqv9ERK/s1600/3_Minute_Silence.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; cssfloat: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFMnZwln_j-bfTbz1EgRDOyiWq0vqNeU2SAEO_-jQMdfgRCB9qZB20zqAjEuNH9GJnIstdHH-SZAf_J9hdSesxXyAMnjH7vomC6NTuiyEv8edv584xVbgBTgMLeDTgGpSYoPXrWEqv9ERK/s320/3_Minute_Silence.jpg" width="320" ya="true" /></a></div>
<span style="font-family: Arial;"><strong>SCAR FOR LIFE</strong></span></div>
</div>
<div class="yui-wk-div" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;"><strong><em>3 Minute Silence</em></strong></span></div>
<div class="yui-wk-div" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;">10 de Setembro de 2012, via Infektion Records</span></div>
<div class="yui-wk-div" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;">Publicado em <a href="http://www.rocknheavy.com/%C3%A1lbuns-nacionais/scar-for-life-3-minute-silence" target="_blank">Rock n'Heavy</a></span></div>
<div class="yui-wk-div" style="text-align: justify;">
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<br />
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Os “<strong>Scar For Life</strong>” são um projeto com créditos firmados no universo do metal nacional, recorde-se que Alexandre Santos fundou a banda em 2008. </span></div>
<div class="yui-wk-div" style="text-align: justify;">
<br />
<div class="yui-wk-div" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Movimentando-se na senda do rock/metal melódico, aquilo que carateriza o som dos Scar For Life é a busca pela diversidade musical, quer seja através de riffs mais ácidos e enfáticos, quer pela exploração de sonoridades diáfanas, cristalinas e etéreas, mas, sempre, profundamente emotivas. </span><br />
<div class="yui-wk-div" style="text-align: justify;">
<br />
<div class="yui-wk-div" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Gravado no início de 2012 no <strong>Pressplay Studio</strong>, este álbum conta já com a participação do baterista <strong>João Colaço</strong> (ex-More Than a Thousand) e <strong>Leonel Silva</strong> na voz. De facto, a banda enfrentou algumas alterações em termos de formação desde “<strong>It All Fades Away</strong>”, mas esse fato parece não ter importunado o processo criativo, na medida em que este “<strong>3 Minute Silence</strong>” parece afirmar-se como um trabalho bem revelador da maturidade deste projeto. </span><br />
<div class="yui-wk-div" style="text-align: justify;">
<br />
<div class="yui-wk-div" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">“<strong>3 Minute Silence</strong>” abre com a ilusão do registo acústico, mas subitamente, o martelo de Thor rasga o céu plúmbeo e a atmosfera enche-se com eletricidade estática, “<strong>Last Crow</strong>” voa através da fímbria sonora, resumindo as notas mais marcantes da sonoridade refrão. “<strong>Metabolic</strong>” é um portento de energia, um hino hard/rock. Depois surgem momentos como “<strong>White Shades</strong>”, um misto de agressividade e doçura, onde a nota delicodoce que se contrapõe de forma cativante ao tom assertivo do vocalista. O instrumental acústico, “Interlude 1948”, abre caminho para uma feroz “<strong>Burn it All</strong>” com <strong>Kari Vähäkuopus</strong> (CATAMENIA), mas, em seguida “<strong>Before de Storm</strong>” instala-nos novamente na vertente mais melódica da banda, acentuando-se o virtuosismo lírico e enfatizando a singularidade de cada instrumento, com especial destaque para a guitarra. “<strong>One More Day</strong>” é a balada mais delicada, diáfana, etérea e encantatória do álbum e o violino de <strong>Anne Vitorino d’Almeida</strong> é a pedra de toque para a criação dessa atmosfera, tornando-se sublime na forma como interpreta e explora a vocação intimista da canção. “<strong>3 Minute Silence</strong>” e “<strong>The Journey</strong>” enfatizam o poder da voz de L. Silva e colocam o mote na intensidade das guitarras e numa percussão dos “<strong>Scar for Life</strong>”, sendo de realçar a qualidade lírica do trepidante. “<strong>Old Man</strong>” traz de volta o violino de Anne e demonstra bem a versatilidade da voz de L. Silva, visto que o formato acústico, despido de artifícios, suscita uma abordagem mais limpa em termos de vocalizações. “<strong>Brave Enough</strong>” traz, nos teclados, o britânico, <strong>Ged Ryland</strong> (ex-Ten) e é o momento escolhido para puxar pelo gutural e pelos riffs mais céleres e pesados. Com uma notável prestação de L. Silva a aproximar-se do registo de Bruce Dickinson, destacam-se também as diatribes entre voz e guitarra e o protagonismo dos teclados. O epílogo oferece uma versão instrumental de “<strong>One more Day</strong>”, encerrando um álbum que pela diversidade lírica e musical convida a audições reiteradas, que certamente não deixarão indiferentes todos aqueles que procuram uma conjugação harmoniosa entre sonoridades mais extremas e melodia.</span></div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
<br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="400" src="http://www.youtube.com/embed/ynPHDkq6ciI" width="750"></iframe>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/04941813011681113164noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2930251294653631572.post-42760557291933516412013-05-04T08:34:00.003-07:002013-05-04T11:39:25.378-07:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihzGeODuyVqMcLuu1w1TImsmW111swUfNiK8320ZKR9z3XI5hCXJlO8PcAa0gE-_8sL8LZy-UXzb4u5eJ0zprNiWKALPz7s6mqzxuOLeFGfkXDcHckYXRjWMHhIoRiOnlqP5ri9gO_fhIz/s1600/Nightwish-Imaginaerum.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="319" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihzGeODuyVqMcLuu1w1TImsmW111swUfNiK8320ZKR9z3XI5hCXJlO8PcAa0gE-_8sL8LZy-UXzb4u5eJ0zprNiWKALPz7s6mqzxuOLeFGfkXDcHckYXRjWMHhIoRiOnlqP5ri9gO_fhIz/s320/Nightwish-Imaginaerum.jpg" width="320" /></a><span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><b>NIGHTWISH</b></span><span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><i><b> </b></i></span><br />
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><i><b>Imaginaerum</b></i></span><br />
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><i><b> </b></i></span><span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">30 de Novembro de 2011, via Nuclear Blast/Roadrunner </span>
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">
</span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">Publicado em <a href="http://www.rocknheavy.com/%C3%A1lbuns/nightwish-imaginaerum" target="_blank">Rock n'Heavy</a></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
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<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
Depois de “Imaginaerum” ter confirmado, um pouco por toda a Europa, as
expectativas de sucesso de vendas anunciadas, o novo álbum de NIGHTWISH acaba
de fazer a sua estreia nos Estados Unidos. Aproveitamos o momento para
dedicarmos estas palavras àquele que foi aclamado por alguma crítica como um
dos melhores álbuns de 2011.</span></div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"></span><span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
Sétimo álbum de uma carreira de sucesso, “Imaginaerum” é uma opus conceptual
fruto de um longo processo de delapidação e maturação, sendo que apresenta
ainda a curiosidade de ter sido produzido a par do filme homónimo de Stobe
Harju, existindo vincados e profundos nexos semânticos e narrativos entre os
dois formatos.</span></div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"></span><span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
Atualmente os NIGHTWISH não são apenas uma banda de metal sinfónico, este novo
trabalho apresenta motivos e cambiantes de tal forma ecléticos que qualquer
tentativa de classificação estaria votada ao fracasso. Como classificar uma
música como “Slow, Love, Slow”? Inspirada nos clubes noturnos dos anos 30, é
uma canção inquietante e sedutora, conjugando teclados de reminiscências
vitorianas com o feitiço nefelibata e mágico do blues e do jazz e criando
atmosferas dignas um cabaret vaporoso e lúbrico onde uma diva seduz
voluptuosamente uma multidão de boémios diletantes com o seu mefistofélico
canto de sereia. </span></div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"></span><span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
No entanto, se pensarmos que o álbum apresenta, depois do introito
“Taikatalvi”, a investida de vocação mais mainstream “Storytime”, constatamos
que a diversidade será motivo recorrente ao longo do álbum. O registo de Anette
neste tema é demasiado convencional para nos deslumbrar e, na linha do que vem
sucedendo com o som da banda, este é um momento em que se distingue a prestação
de Tuomas Halopainen nos teclados, sendo que impera a simplicidade ao nível da
estrutura melódica e lírica. Na verdade, Tuomas chegou mesmo a afirmar que este
tema representa o conjunto do álbum e a sonoridade atual da banda.</span></div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"></span><span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
“Ghost River” envereda por uma abordagem mais heavy desde os riffs iniciais. A
introdução do registo cavernoso de Marco Hietala e as dicotomias que se
estabelecem com a voz delicodoce de Anette e, a dado momento, com o coro
infantil, contribuem para que o tema evolua com generosa vivacidade e
intensidade rítmica.</span></div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
“I Want My Tears Back” surpreende-nos com a sua abertura folk que ao longo do
tema partilha o protagonismo com uma toada mais épica e dramática. Há que
celebrar o facto de a banda apostar numa vocação mais experimental, mas, neste
caso, talvez o resultado tenha ficado aquém das expectativas.</span></div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"></span><span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
Os ambientes e sonoridades mais carnavalescas também comparecem neste universo,
veja-se a introdução a “Scaretale”, no entanto, estamos num cenário de feira
popular assombrada e somos convidados a assistir a um circo de horrores. A
percussão assume algum relevo, compondo com os teclados e as cordas um ambiente
particularmente tétrico. Annette assume um registo deslocado daquele a que nos
habituou, enveredando pelas tonalidades mais maquiavélicas e sinistras. De
notar que existe neste tema uma investida coerente na dramaticidade e teatralização
musical que é característica da banda.</span></div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"></span><span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
“Arabesque” funciona como interlúdio orquestral e coloca o foco no virtuosismo
dos instrumentistas da London Philharmonic Orchestra (aqui designada como The
Looking Glass Orchestra) dirigida por Thomas Bowes e conduzida por James
Shearman, sendo que a direção musical e os arranjos são da responsabilidade de
Pip Williams.</span></div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"></span><span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
“Turn Loose The Mermaids” traz os ecos do passado nos seus eflúvios com sabor a
maresia. A beleza singela da canção evoca composições de outras eras e
transporta-nos para ambientes dignos de festividades pagãs.</span></div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"></span><span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
“Rest Calm” pelo título sugere ambientes plenos de ataraxia, no entanto esta é
uma das faixas mais heavy do álbum, exibindo alguns dos riffs mais densos e
pesados deste trabalho. O ritmo galopante em diversos momentos do tema é um dos
aspetos positivos, sendo também de salientar o dinamismo dos diálogos ao nível
das vocalizações contrastantes, no entanto, a longa duração do tema acaba por
torná-lo demasiado repetitivo.</span></div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"></span><span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
Alternando o registo acústico com a dinâmica do elétrico, “The Crow, The Owl
And The Dove” privilegia a prestação dos intérpretes ao nível das vocalizações.<br />
“Last Ride of The Day” é uma incursão pelos terrenos mais familiares da banda
com abundância de filigranas instrumentais e até alguns rendilhados ao nível
dos solos.</span></div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"></span><span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
Quando o álbum caminha para o final, surge a grandíloqua ”Song of Myself”,
onde, após uma viagem segura pelo registo mais familiar, os NIGHTWISH cerram os
dentes para enveredarem pelo momento de maior fôlego do álbum. No entanto,
apesar do belo trabalho de composição e da exaltação lírica, a banda não parece
talhada para este tipo de canção.<br />
O álbum encerra com o tema homónimo “Imaginaerum” que pela sua dimensão
orquestral se assemelha às músicas que acompanham o desfilar dos créditos
finais durante os genéricos dos filmes, facto que não deixará de lançar nexos
com o trabalho de Stobe Harju.</span></div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"></span><span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
As expectativas quando nos preparamos para saborear um novo álbum de NIGHTWISH
são semelhantes àquelas que antecedem a degustação de um bom vinho do porto
vintage. Já todos conhecemos o seu sabor e tonalidade genéricos, no entanto, há
sempre novos matizes para descobrir. “Imaginaerum” é fruto de uma boa colheita
e oferece momentos de prazer intenso ao nosso palato musical, mas, na verdade,
não esperávamos outra coisa de uma banda desta magnitude, daí que no final
cresça em nós a sensação de que este vintage podia ser ainda melhor…</span></div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">Analisado por Rui Carneiro</span></span>
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><br style="mso-special-character: line-break;" /></span>
</div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">
</span><br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="400" src="http://www.youtube.com/embed/5g8ykQLYnX0?feature=player_embedded" width="750"></iframe>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/04941813011681113164noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2930251294653631572.post-43067306669098529722013-05-04T08:03:00.002-07:002013-05-04T08:19:17.310-07:00<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhePPkNFqLb-rA6yAF0cqTLSsfEbA5JQfZyFV8wajfrBqA5yK97mLQCsa2s36CyQazJ8V11gaocg3PTmteBOZQyZu-BrOPco0fwpTxrB-yUoO8mYxbp4riKwsFOirL3NKlwsvayu9dDMVs1/s1600/ALCEST-Les-voyages-de-l%C3%A2me-2012-cover.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="319" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhePPkNFqLb-rA6yAF0cqTLSsfEbA5JQfZyFV8wajfrBqA5yK97mLQCsa2s36CyQazJ8V11gaocg3PTmteBOZQyZu-BrOPco0fwpTxrB-yUoO8mYxbp4riKwsFOirL3NKlwsvayu9dDMVs1/s320/ALCEST-Les-voyages-de-l%C3%A2me-2012-cover.jpg" width="320" /></a><span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><b>ALCEST</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><b><i>Les Voyages de L'Âme </i></b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">6 de janeiro de 2012, via Prophecy<b><i> </i></b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">Publicado em <a href="http://www.rocknheavy.com/%C3%A1lbuns/alcest-les-voyages-de-l-%C3%A2me" target="_blank">Rock n'Heavy</a></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"> Se há sonoridades com as quais de imediato criamos uma empatia profunda e
teleológica, ALCEST é o paradigma dessa relação sensual e inebriante
que estabelecemos com a música. Como se pode ler no sítio da banda na
internet, ALCEST é “música oriunda de outro mundo, um mundo que é real,
mas que existe para lá do nosso e não pode ser alcançado através dos
nossos sentidos”, numa alusão que não deixa de criar vasos comunicantes
com a alegoria platónica.
<br /><br />Em 2007, Neige cativou a atenção do universo melómano com
“Souvenirs D'un Autre Monde”, o primeiro longa duração de ALCEST. A
beleza cristalina das composições e as filigranas líricas da banda
resultaram numa receção entusiástica do álbum e num extenso rol de
louvores, porque, na verdade, não seria comum um projeto com uma matriz
black metal ostentar uma aura melódica tão sublime. <br /><br />Esta vocação
experimental e avant-garde acabou por levar a que muitos inscrevessem a
banda nos cânones do "blackgaze” (apesar das condicionantes que tal
rotulagem acarreta, nomeadamente pela ligação à vertente “shoegaze”).
Depois de, “Écailles de Lune” (2010), o dealbar de 2012 oferece-nos este
“Les Voyages De L'Âme” e novamente o nosso córtex cerebral ilumina-se
numa explosão de sinapses que se projetam libidinosamente no hipotálamo,
convocando sensações extáticas de prazer.
<br /><br />Atravessar o pórtico “Les Voyages De L'Âme” é, de facto, algo
semelhante ao primeiro passo de uma viagem introspetiva da alma. O
single “Autre Temps”, composição etérea, feérica e outonal, abre
melancolicamente as portas do álbum, seduzindo-nos com a sua
complexidade melódica. A beleza é, na verdade, a nota principal, visto
que cada nota desperta densas ondas de volúpia, quer seja oriunda das
guitarras lancinantes, quer do baixo convulsionado ou mesmo da voz que
comunga do poder demiúrgico de Orfeu. “Autre Temps” é uma elegia de
outono que explora o tema da finitude, da efemeridade do “Eu” na sua
relação inverosímil com o eterno retorno das estações e consequente
renovação da natureza.
<br /><br />Apesar de embalado pela mesma sonoridade sorumbática, o álbum
evolui em “crescendo” e "La Ou Naissent Les Coulers Nouvelles” assume-se
como uma longa balada em que pela primeira vez escutamos um desvio do
registo limpo da voz com alguns growls cavernosos a pairarem sobre um
oceano de melodia.
“Les Voyages De L'Âme” é também um tema de amplo espectro e longo
fôlego, espraiando-se lânguidamente no tempo e arrastando-nos ao longo
de uma espiral em paradoxo que nos conduz pelos corredores cavernosos da
introspeção.
<br /><br />“Nous sommes l'emeraude” contrasta com os temas anteriores pela
menor duração, mas mantém a mesma toada melódica.
“Beings Of Light” é um dos temas mais inquietantes e supreendentes, dado
que começa etéreo e atmosférico, criando um ambiente de fantasia
élfica, para, subitamente desencadear uma reviravolta elétrica, e de
insistência quase catatónica, mantendo-se o tema sempre numa intensa
tensão dramática que se prolonga no tempo e apenas decresce no final.
<br /><br />“Faiseurs De Mondes” é um dos melhores temas do álbum, uma vez
que depois de alguns lampejos black metal em momentos anteriores, ganha
agora protagonismo a violência e ferocidade cavernosa do growl,
sobrepondo-se à delicadeza diáfana da música. Há ainda tempo para uma
sequência melódica que se desenvolve através de uma incursão no registo
acústico, até que a virulência elétrica se volta a instalar, sendo de
exaltar o excelente trabalho de percussão no final.
<br /><br />Depois de um breve interlúdio atmosférico com “Havens”, chegamos
a “Summer's Glory”, completando-se assim o conceito de eterno retorno,
expresso no tema inicial. Depois da morte outonal, e findo o círculo das
estações, regressámos à glória estival do verão, facto que nos leva a
conceber o álbum como um ouroboros musical.
“Les Voyages De L'Âme” baseia-se nas experiências e memórias de Neige
que se concretizam através de um processo que parece similar ao das
sibilas do oráculo de Delfos e que nos conduz por diversos níveis de
consciência numa espécie de transe mediúnico.
<br /><br />Assim sendo, e apesar de estarmos ainda no início do ano, este é
um álbum que certamente deixará a sua marca no que diz respeito aos
novos caminhos do metal e da música de cunho mais experimental que
encontraremos ao longo de 2012.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">Analisado por Rui Carneiro</span></span></div>
<br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="400" src="http://www.youtube.com/embed/AgYkrDQYeZg" width="750"></iframe>
<br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="400" src="http://www.youtube.com/embed/85c-P9hbmBg" width="750"></iframe>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/04941813011681113164noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2930251294653631572.post-23835030228235162922013-04-23T05:48:00.003-07:002013-05-04T08:03:55.632-07:00<div align="right" class="MsoNormal" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwipB4JVfgGjE1DyoKIXlk69ZwNn-9cT59cMZKjcZWe4bwlyPlaY4s04oH8E1DusxxMINgppoS8YoKkhsGzjfd4ImnbTqdrVdkHWEcavYEOjyZX5n2N-U8FwCPCoRy-mnzYjWUXs76Dkq7/s1600/Korn_Path_of_Totality.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; cssfloat: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" dua="true" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwipB4JVfgGjE1DyoKIXlk69ZwNn-9cT59cMZKjcZWe4bwlyPlaY4s04oH8E1DusxxMINgppoS8YoKkhsGzjfd4ImnbTqdrVdkHWEcavYEOjyZX5n2N-U8FwCPCoRy-mnzYjWUXs76Dkq7/s320/Korn_Path_of_Totality.jpg" width="320" /></a><span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-size: 9pt; line-height: 115%;"></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>KORN<br /><i>The Path Of Totality</i></b></span><br />
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">6 de dezembro de 2011, via Roadrunner<br />Publicado em Rock n'Heavy</span></div>
<div class="MsoNormal" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<br />
</div>
<div class="MsoNormal" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; line-height: 115%;"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Os <b>KORN</b> acabam de lançar "<b>The Path Of Totality</b>", décimo álbum de uma carreira pautada por altos e baixos, mas sempre imbuída de uma dose de experimentalismo, facto que há data do lançamento do álbum homónimo "Korn", em 1994, os colocava na vanguarda da então florescente cena new metal. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; line-height: 115%;"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">"The Path Of Totality" prometia ser um álbum polémico que não deixaria de suscitar opiniões divergentes, visto que cedo se percebeu o rumo que a banda prometia tomar neste novo trabalho, elevando a fasquia da fusão entre géneros a um nível superior. De facto, os KORN seguiriam por caminhos tortuosos que ultimamente conduziram outras bandas de renome a destinos bastante inóspitos e desoladores. No entanto, no momento em que ouve o tema inicial do álbum, "<b>Chaos Lives In Everything</b>", percebe-se que "The Path Of Totality" combina a linguagem heavy com os ritmos mais electrónicos sem desvirtuar a identidade da banda, promovendo uma simbiose convincente entre o metal e o Dubstep. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; line-height: 115%;"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Para este álbum, os KORN convocaram vários produtores ligados à música electrónica. Não sendo uma opção muito original, visto que outras bandas heavy seguiram esse caminho (Aborym é um óptimo exemplo), é, no entanto, uma opção de risco. Davis estava ciente disso e chegou a afirmar: "I want to trail-blaze. I want to change things. I want to do things we're not supposed to do. I want to create art that's different and not conform to what's going on. We didn't make a dubstep album. We made a Korn album". Ou seja, aquilo que se pretende é uma deslocação ao longo do fio da navalha e para o conseguir há que tomar uma atitude iconoclasta e experimental, desprezando a abordagem convencional para criar um factor de distanciação em relação às expectativas do público. A colaboração com um dos nomes mais sonantes da emergente sonoridade Dubstep, o Dj Skrillex, será a mais preponderante no álbum, no entanto, para elevar o índice de experimentalismo há ainda lugar para nomes como Excision, Datsik, Noisia, Kill the Noise e 12th Planet.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; line-height: 115%;"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Avançando para o que verdadeiramente interessa, quando ouvimos Davis vociferar por cima da percussão programada de "<b>Chaos Lives In Everything</b>" acompanhado por riffs pesados, sente-se que este é um álbum de KORN e não apenas um acumular de remixs electrónicos. Os momentos iniciais convidam a colocar o volume no máximo com a participação de Skrillex a moldar o poderio heavy aos ritmos electrónicos. "<b>Kill Mercy Within</b>" tem a participação dos holandeses Noisia, originários do drum&bass, mas actualmente também alinhados ao Dubstep. Este é um tema de construção mais linear, pleno de electricidade, mas atmosférico e com um travo a NIN. "<b>My Wall</b>" volta a pedir mais volume nas colunas e a sonoridade é doentia, distorcida e claramente em consonância com a componente lírica, demonstrando que há aqui um trabalho de fundo logo no início do acto criativo, levando a que a composição convoque para a sua matriz os elementos electrónicos em vez de estes surgirem apenas como um mero pastiche. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; line-height: 115%;"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Ao quarto tema, "<b>Narcissistic Cannibal</b>", desespera-se porque as colunas já não conseguem debitar mais volume e este é o melhor KORN que se ouve desde há já algum tempo. Liricamente contagiante, este seria um tema para despoletar o caos durante uma actuação num recinto fechado. Impossível não deixar o corpo movimentar-se em harmonia com os ritmos convulsionados e vibrantes, facto que também se deve ao regresso de Skrillex agora acompanhando por Kill the Noise. Em "<b>Illuminati</b>", Davis mostra-se empenhado na sua prestação vocal e apesar de o tema nunca chegar a descolar verdadeiramente, até porque ainda estamos impregnados da polifonia do tema anterior, há aqui alguma plasticidade rítmica que apenas parece pecar pelo facto de a música terminar rapidamente e de forma abrupta. "<b>Burn the Obedient</b>", "<b>Sanctuary</b>" e "<b>Let's Go</b>", apesar de não entrarem no rol dos melhores temas do álbum, têm pelo menos o mérito de não parecerem deslocados neste universo musical. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; line-height: 115%;"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Agora que fizemos fast-forward até "<b>Get Up!</b>", reencontramos KORN e Skrillex, e estamos noutra dimensão, a dinâmica é explosiva e o tema vibra de energia com beats, vocais e riffs a digladiarem-se selvaticamente num duelo alucinado e psicotrópico.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; line-height: 115%;"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />"<b>Way too Far"</b> traz para a arena os 12th Planet e mescla a vocalização mais hardcore do refrão com elementos melódicos, convocando a dose certa de assertividade heavy e harmonia electrónica. “Bleeding Out” parece algo dissonante com a sua intro ao piano seguida por elementos etéreos que não serão alheios à participação de Feed me. Um dos temas mais melódicos e experimentais incluídos em "The Path Of Totality”. A edição especial culmina com duas faixas bónus: "<b>Fuels the Comedy</b>" é uma incursão musculada ao rap metal patrocinada por Kill The Noise, enquanto que o epílogo "<b>Tension</b>" volta a colocar a nota na dimensão mais experimental. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; line-height: 115%;"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Concluindo, os KORN em "The Path Of Totality" cumpriram a linha programática que haviam estabelecido para este trabalho e fizeram-no de forma quase irrepreensível. O álbum apresenta uma avultada diversidade e é fácil encontrar aspectos positivos mesmo para aqueles que não são fãs da banda ou do género. Por último, resta realçar que a simbiose KORN/ Skrillex resulta de forma magistral, sendo nesses momentos que "The Path Of Totality" merece nota mais elevada.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: 'Arial','sans-serif'; line-height: 115%;"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Análise de Rui Carneiro</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="400" src="http://www.youtube.com/embed/CUOlc_j4rMA" width="750"></iframe></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/04941813011681113164noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2930251294653631572.post-73321252202215172412013-04-21T12:17:00.002-07:002013-04-21T12:17:44.678-07:00<br />
<div>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuOGOhJgz7OGIKdVgv94ls_Wp6iY6RfUmNDjTNxzGyR-LuGB2DmYaluKzqgwekzXUyC-c4wwB2kCLqOV7_oD_LKS6aQ-vc_isKSmZoiQBNHwNzRfhnF7R-ASiehrDBQD-L_ICXBo2GxTkl/s1600/Lou-Reed-Metallica-Lulu-Cover.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuOGOhJgz7OGIKdVgv94ls_Wp6iY6RfUmNDjTNxzGyR-LuGB2DmYaluKzqgwekzXUyC-c4wwB2kCLqOV7_oD_LKS6aQ-vc_isKSmZoiQBNHwNzRfhnF7R-ASiehrDBQD-L_ICXBo2GxTkl/s320/Lou-Reed-Metallica-Lulu-Cover.jpg" width="320" /></a><b style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">Lou Reed & Metallica <br /><i>Lulu </i></b><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Warner Bros/ Vertigo, 31 de Outubro de 2011 <br />Publicado em <a href="http://www.rocknheavy.com/%C3%A1lbuns/metallica-e-lou-reed-lulu" target="_blank">Rock n’Heavy </a></span><br />
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<div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="apple-style-span"><span style="color: #333333; line-height: 115%;"><br /></span></span></span>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="apple-style-span"><span style="color: #333333; line-height: 115%;">É um facto que, actualmente, os duetos improváveis estão na moda
e até o panorama nacional oferece bons exemplos disso, quando nos deparamos,
por exemplo, com os Moonspell a vociferarem uma diatribe de guitarra eléctrica
mesclada com guitarra portuguesa num dueto surreal com a delicodoce fadista
Carminho. Assim sendo, juntar <b>Lou Reed</b> numa parceria com os <b>Metallica</b> até
poderia resultar num trabalho surpreendente pela positiva, no entanto, “Lulu”
tende a deitar por terra essa ideia.</span></span><span class="apple-converted-space"><span style="color: #333333; line-height: 115%;"> </span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
<span class="apple-style-span" style="color: #333333; line-height: 115%;">Relembramos que o projecto de um álbum conjunto
surgiu depois de Reed e os Metallica tocarem no 25º Aniversário do “Rock and
Roll Hall of Fame”, em 2009, altura em que Reed chegou mesmo a afirmar que ele
e Metallica haviam sido feitos um para o outro. Os fãs discordaram da opinião
do ex-Velvet Underground e o álbum foi mal recebido. No entanto, ao contrário
do que circula abundantemente entre os cibernautas da imprensa panfletária ou
mesmo entre a crítica mais conceituada do universo heavy, “Lulu” dificilmente
será “o pior álbum do ano” (ainda que se possa admitir que é um sério candidato
a “mais estranho”). Mas, na verdade, é fácil admitir que o intróito acústico ao
primeiro tema, “Brandenburg Gate”, com Reed num registo “spoken word” demencial
e quase catatónico, arrisca-se a ser classificado entre as piores aberturas de
sempre para um álbum de música heavy.</span><span class="apple-converted-space" style="color: #333333; line-height: 115%;"> </span><br />
<span class="apple-style-span" style="color: #333333; line-height: 115%;">O discurso é de tal forma tautológico que o
registo balbuciado de Reed cruza as fronteiras do sofrível, assentando arraiais
na esfera do inaudível, desafinando e esviscerando a canção de qualquer réstia
de harmonia musical. A transição do acústico para o eléctrico leva, por
momentos, a pensar que Hetfield vai assumir as rédeas do tema, mas, de facto,
tudo o que o “frontman” de Metallica faz até ao final é gritar "small town
girl", enquanto Reed prolonga a cacofonia “ad nojum”. “The View”
musicalmente apresenta aspectos positivos, com riffs pesados e distorcidos, mas
completamente incompatíveis com a voz de Reed, sendo que é apenas quando Hetfield
assume o protagonismo que o tema parece descolar e ganhar alguma dinâmica.
“Pumping Blood” é um dos raros momentos em que o registo “spoken word” de Reed
acaba por funcionar de forma convincente no seio do enquadramento instrumental
criado pelos Metallica, talvez porque também a este nível se procura criar o
mesmo caos e devaneio que emana da voz de Reed, gerando um efeito de “jam
session” alucinada.</span><span class="apple-converted-space" style="color: #333333; line-height: 115%;"> <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
<br />
<span class="apple-style-span">“<b>Mistress Dread</b>” tem um início apelativo, mas
quando entra a voz embargada e desafinada de Lou Reed percebemos que vamos
encontrar apenas mais do mesmo, com a voz de Reed, em certos momentos, a roçar
os limites do risível.<o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="apple-converted-space"><span style="color: #333333; line-height: 115%;"> </span></span><span style="color: #333333; line-height: 115%;"><br />
<br />
<span class="apple-style-span">Em “<b>Iced Honey</b>” há um maior acerto entre a voz e
os instrumentos e a canção tem alguns bons apontamentos melódicos, sobretudo
quando a voz de Hetfield constrói o substrato para Reed durante os duetos do
refrão. “<b>Cheat On Me</b>” embarca na senda do experimentalismo niilista. O tema
desenvolve-se num grau de dinâmica crescente, começando diáfano e etéreo, mas
evoluindo no sentido de uma maior organicidade.</span><span class="apple-converted-space"> <o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
<span class="apple-style-span">Canção marcada pela redundância obcecada das
palavras que ecoam através dos riffs agressivos e das batidas tresloucadas da
percussão, “Cheat On Me” acaba por resultar num interessante exercício
catártico. “Frustration” alinha pela mesma batuta conceptual, mas acrescenta um
pouco mais de diversidade rítmica através de uma estrutura menos fluida e
pautada por diferentes velocidades, oscilando sempre entre o experimentalismo e
o registo mais heavy. Em “<b>Little Dog</b>” impera o minimalismo acústico e, na verdade,
é neste registo que a voz de Reed acaba por encaixar de uma forma mais
convincente.</span><span class="apple-converted-space"> </span><br />
<span class="apple-style-span">Desprovida de qualquer arrojo cáustico e desnudada
de efeitos supérfluos, “Little Dog” é uma canção despretensiosa que deve mais
ao universo de Reed do que propriamente a Metallica. <b>“Dragon</b>” é o tema que
parece conferir alguma identidade matricial a esta união entre Lou Reed e
Metallica.</span><span class="apple-converted-space"> </span><br />
<span class="apple-style-span">Reed consegue acertar no difícil limbo entre o
cantado e o falado e a prestação dos Metallica é explosiva e assertiva, com
muita distorção à mistura, novamente, ao estilo “jam session”. “<b>Junior Dad</b>” com
a sua toada “requiem” de liturgia perversa e sorumbática prolonga-se ao longo
vinte minutos e adquire uma identidade própria com dimensões magistrais. Reed
encontra novamente o fio de ariadne e percorre, ainda que de forma, por vezes,
titubeante, este labirinto instrumental exemplarmente urdido pelos Metallica.</span><span class="apple-converted-space"> </span><br />
<br />
<span class="apple-style-span">Assim sendo, “Lulu” deve, na sua génese, muito
mais ao próprio Lou Reed do que aos Metallica ou à protagonista da ópera do dramaturgo
alemão Frank Wedekind. De facto, é errado pensar que “Lulu” é uma criação
híbrida que se encontra a meio caminho entre Reed e Metallica, uma espécie de
“Loutallica”. “Lulu” é quase sempre Lou e isso acaba por enclausurar o álbum
numa dimensão asfixiante e redutora. “<b>Pumping Blood</b>”, “Dragon” e “Junior Dad”
são, no entanto, a excepção que confirma a regra e juntas formam as primícias
daquilo que, com uma adequada maturação, poderia ser um universo musical
verdadeiramente original e iconoclasta resultante da combinação genética de
Metallica com Lou Reed.</span><span class="apple-converted-space"> </span><br />
<span class="apple-style-span">Acima de tudo há que compreender que estamos
perante duas entidades musicais que não têm nada a provar, nem precisam dar
contas do trabalho que realizam, ambos alcançaram um estatuto que lhes permite
criar pelo simples prazer de produzir um objecto artístico.<o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="apple-converted-space"><span style="color: #333333; line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"> </span></span></span><span style="color: #333333; line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
<br />
</span><span class="apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">Os Metallica não estarão nada preocupados com o
facto de “Lulu” na primeira semana ter vendido 15000 cópias, quando Death
Magnetic vendera 490000, até porque, para continuarmos a pensar em números, se
fizermos uma pesquisa no Google por “Lulu”+”Metallica” obtemos cerca de
47.000.000 hits; se fizermos o mesmo, por exemplo, com o aclamado “TH1RT3EN”
dos Megadeth, aquele número baixa para 3.500.000 hits, ou seja, pouco importa
que “Lulu” não venda cópias, o facto é que estamos todos a escrever sobre ele e
a comentá-lo, e, na verdade, as mais espantosas produções artísticas são
aquelas que inspiram no Homem a formalização de uma ideia ou de uma opinião.
Para culminar e estabelecendo um paralelismo entre “Lulu” e “Müller no Hotel
Hessischer Hof” dos Mão Morta (um trabalho igualmente conceptual e inspirado na
obra de outro dramaturgo alemão, Heiner Müller), não podemos deixar de pensar
como seria este álbum, se em vez de uma parceria Lou Reed/Metallica, estivéssemos
perante uma </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">fusão Adolfo Luxúria Canibal/Metallica…</span></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
</div>
<br />
Análise de Rui Carneiro<br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="400" src="http://www.youtube.com/embed/C25L4P79wY8?feature=player_detailpage" width="750"></iframe>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/04941813011681113164noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2930251294653631572.post-13272754662697967402013-04-21T08:39:00.003-07:002013-04-21T08:39:36.113-07:00<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_dKhuj-IRPuzcZ8F11htUNjeKKwSQEeDdQCanetjZSJcWGKXv-fkBS0hGxpMEblTuitcLv4KJUcftZudWRF1IseCtBT7bKeHNd8s0uKHoODDwYKko8RMOWGjK4yKQhiKW-TEEyP68vMZ1/s1600/kittiecoversmall.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_dKhuj-IRPuzcZ8F11htUNjeKKwSQEeDdQCanetjZSJcWGKXv-fkBS0hGxpMEblTuitcLv4KJUcftZudWRF1IseCtBT7bKeHNd8s0uKHoODDwYKko8RMOWGjK4yKQhiKW-TEEyP68vMZ1/s320/kittiecoversmall.jpg" width="320" /></a><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>KITTIE</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><i>I’ve Failed You</i></b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">30 de Agosto de 2011 via Entertainment One</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Publicado em <a href="http://www.rocknheavy.com/%C3%A1lbuns/kittie-i-ve-failed-you" target="_blank">Rock n'Heavy</a></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">Hello <b>Kittie</b>! Não! Não vamos comentar aqui a nova colecção Outono/Inverno da famosa gatinha japonesa. As gatas que motivam estas palavras não têm qualquer semelhança com a personagem anime e acabam de mostrar as garras com “<b>I’ve Failed You</b>”. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">O quarteto oriundo de Ontário, no Canadá, merece, desde logo, uma nota de apreço pelo facto de, ao contrário de outras bandas que palmilharam os mesmos caminhos do metal, KITTIE manteve-se sempre fiel à sua sonoridade e com a mesma postura sem nunca terem enveredado por um estilo mais comercial, daí que o novo álbum continue com a velocidade e peso em alto débito. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">O álbum abre com o tema homónimo “I’ve Failed You” onde Morgan cola o ponteiro no vermelho com aqueles growls brutais e ríspidos ao bom estilo death, sendo que musicalmente combina ainda sonoridades thrash, com a guitarra em bom plano, e sem espaço para grandes exibições de virtuosismo, há excepção de um curto solo. Em seguida, “<b>We are The Lamb</b>”, o primeiro single, confirma este início musculado, adicionando alguma dose de revolta a uma componente lírica mais sombria e intimista do que em trabalhos anteriores. Tara McLeod na guitarra puxa pelos galões e mostra que tem as garras bem afiadas. “<b>Whisper of Death</b>” apresenta um motivo recorrente em KITTIE, o contraste guturais/vocais limpos, este facto, apesar de aumentar o factor melódico torna a música mais downtempo e menos dinâmica depois de um início muito directo e agressivo. <b>“What Have I Done</b>” com a sua toada arrastada, riffs pesados, e até pelo timbre de Morgan lembra o “som de Seattle” e bandas como Alice in Chains e Soundgarden, particularmente no refrão: “Oh What have i done?/ Oh, a setting Sun”. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">Os momentos centrais do álbum são ocupados por “<b>Empires</b>” (Part 1 e 2), o primeiro é um instrumental de guitarra acústica e serve como intróito para “Empires Part 2”, o novo single do álbum, e que, nas palavras de Morgan, funciona como “segunda metade, mais enraivecida, de uma ideia com duas partes. A primeira parte é a serenidade acústica antes da tempestade, enquanto que Part 2 é o furacão na sua máxima força. O tema está relacionado com a ideia de um grande império e com o facto de como a história nos ensinou: mesmo os maiores e mais poderosos impérios acabarem por ruir e desaparecer irremediavelmente. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">Em “Empires Part 2” a alternância guturais/ vocais limpos acaba por resultar melhor do que em temas anteriores e a guitarra em destaque com um dos melhores solos do álbum. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">A não perder também o vídeo que apresenta a banda numa interpretação poderosa do tema. Depois de “<b>Come Undone</b>” continuar na senda do contraste melódico/ brutal, “<b>Already Dead</b>” volta a mostrar a banda naquilo que faz melhor: Morgan puxa da bagaceira que lhe passa nas cordas vocais e arranca guturais até ao final, os riffs são pesados e a percussão bem ritmada. “<b>Never Come Home</b>” podia fazer parte das playlists actuais, visto que nesta música é bem evidente que Morgan tem trabalhado os vocais limpos numa tentativa de os aproximar da qualidade indiscutível dos growls. Um tema que privilegia os aspectos melódicos e que não deixa de demonstrar que a banda se sente confortável em diversos registos. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">“<b>Ugly</b>” é um dos melhores temas do álbum, visto que combina a dose certa de melodia e agressividade, privilegiando sempre a vertente brutal, mas mesclando-a com breves apontamentos melódicos. “Time never Heals” é um final lento e pleno de melodia, ritmicamente compassado, mas com fervorosos lampejos de guitarra solo em estilo progressivo. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">“I’ve Failed You” demonstra a maturidade desta banda de veteranas que ainda não atingiram sequer a fasquia dos trinta e já têm lugar reservado no panteão do metal, mas que podem ascender a lugares cada vez mais elevados, na medida em que, como acontece a um bom vintage, o tempo passa, mas elas ficam cada vez inebriantes.</span></div>
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Texto de Rui Carneiro</span><br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="400" src="http://www.youtube.com/embed/8khWY9cOLiQ" width="750"></iframe>
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="400" src="http://www.youtube.com/embed/oguptPR9NWk" width="750"></iframe>
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