segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Mena Brinno - Princesss Of The Night



MENA BRINNO
Princess Of The Night

Publicado em Rock n'Heavy






Princess of the Night é um novo capítulo da saga musical dos Mena Brinno, banda de Gothic Metal oriunda de, Tampa, na Flórida, Estados Unidos da América e capitaneada pela diva Katy Decker. A fórmula é simples e conhecida de todos aqueles que apreciam os registos operático-sinfónicos.

Este novo trabalho da banda tem recebido críticas favoráveis e, por vezes, têm sido enfaticamente proclamadas, não só a qualidade da banda, mas também as potencialidades da sua vocalista. De facto, há que tirar o chapéu aos Mena Brinno, para uma banda independente e não alinhada, Princess of the Night exibe uma produção cuidada e envolvente que evidencia as subtilezas da música, facto que é imprescindível a uma banda que pretende singrar num universo musical que não se compadece com debilidades a esse nível.

O tema de abertura, Princess Of The Night, não nos seduz particularmente, demora a arrancar e o trabalho rítmico algo linear acaba por tornar o esquema musical demasiado redundante, ainda que a voz de Decker e o solo ocasional salvem o tema da monotonia. A mais soturna e melancólica “Blackmail” corta com a veia festiva inicial, evidencia o talento vocal de Decker e a versatilidade e amplitude operática da sua voz. “Sonorous Dream” é um exórdio do paradigma gótico, faltando-lhe originalidade. “Serpentine Lullaby”, apesar de recuperar alguns motivos instrumentais do tema inicial, explora-os de uma forma bem mais apelativa e é daquelas músicas que os amantes do género não deixarão de ouvir vezes sem conta, visto que ela, sincreticamente, resume aquilo que se espera de um bom tema de Gothic Metal, sendo que a banda tem ainda o condão de introduzir cambiantes melódicas que suscitam a nossa atenção. Em “Captive Soul” Decker carrega na teatralidade tonal da sua voz, enfatizando a dramaticidade do registo e colando-se de uma forma mais veemente ao paradigma operático, sendo outro dos temas menos significativos do álbum. “Sacrifice” apresenta-se de uma forma mais subtil, diáfana, vaporosa e etérea, pautada pela guitarra acústica e por uma maior contenção na voz, facto que enriquece o álbum ao nível da diversidade. “Drown Within” usa e abusa dos teclados e peca por uma excessiva languidez melódica. Inversamente “Cross To Bear” fecha o álbum de uma forma mais assertiva, evidenciando uma estrutura musical vibrante, com variações bem conseguidas a todos os níveis.

Em resumo, há de facto aqui motivos para nos congratularmos com Princess of the Night e, na generalidade, o tom panegírico pode ser utilizado para acentuar os pontos mais fortes do álbum, no entanto, no final fica a sensação que esta banda ainda não alcançou o zénite do seu potencial, existindo ainda aspectos que, quando forem lapidados, podem revelar um diamante de excepcional quilate.


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