segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Moskeo - Resurgente

MOSKEO
Resurgente

Publicado em Rock n'Heavy







Moskeo, banda oriunda de San Sebastián de los Reyes (Madrid), depois de ter protagonizado algumas mudanças ao nível da formação, volta às lides do rock com um novo álbum liminarmente apelidado, Resurgente. De realçar o trabalho do baterista no resultado final do disco: “Johnny tem uma dimensão dupla. Por um lado é o baterista e por outro tem a capacidade de analisar do exterior as alterações necessárias às canções.”
Depois de terem alcançado alguma notoriedade, em Espanha, com o álbum de estreia “No Soy tu Perro”, os Moskeo trazem na bagagem uma nova dose de rock urbano despretensioso e direto: “uma receita simples que segue a bandeira do rock para contar boas histórias, transmitir energia sob a forma de música e a raiva em forma de voz e, principalmente, para pôr toda a gente a saltar.” Na verdade, a banda aposta nas sonoridades punk-rock e heavy metal mescladas com o rock & roll clássico, ou seja, nada de muito original, mas, na verdade, também não é essa a intenção vital deste projeto.
A vocação interventiva é evidente logo a abrir com ”Listo para Vivir”, quando se solta o refrão: “estás aqui, listo para vivir, no estás allí, estás aqui, lucha por ser feliz,”. Os Riffs são pesados e a guitarra é a figura de proa deste tema, sendo que a voz de Alber, particularmente afetada e melodramática neste tema, não deixa grandes recordações. Em “Deja Ya de Soñar” mantém-se a tónica ao nível instrumental, no entanto, a prestação do vocalista parece mais conseguida e o tema é escolhido como single de apresentação do álbum. A próxima, “Resurgente”, assume-se como outro dos momentos mais significativos deste trabalho, embora enveredando por uma toada mais melódica. Abundam também as incursões ao punk em temas como “La Noche se Acerca” e “Rompe el Silencio” ou “De Mala Muerte”, ou seja, Resurgente configura-se como um álbum que, não exibindo grandes rasgos de originalidade, possui, no entanto, alguma diversidade musical, combinando aquela veia punk/rock com momentos mais sincopados como “Libre” e temas mais complexos e metal como “En La Sombra” e “No Lo Puedo Controlar”.
Assim sendo, ao segundo disco, os Mokeo apresentam-se mais maduros, mas importa consolidar um pouco a formação atual e, partindo de uma base de trabalho mais estruturada, progredir para uma sonoridade verdadeiramente “moskeana”.


Sem comentários:

Enviar um comentário